abuso sexual
De acordo com Inoue e Ristum (2008), a escola é o segundo ambiente de vivência e socialização da criança, sendo que o primeiro é a família, além disso, pode ser um local ideal para detecção, intervenção e promoção de fatores de proteção que diminuam a violência e seu impacto sobre o desenvolvimento da criança abusada. A escola é o local que a maioria das crianças frequentam e passam grande parte do dia, durante cinco dias da semana, sendo que o contato ainda é maior nas primeiras séries, quando o professor passa em média quatro horas diárias com as crianças. Farinatti e Fonseca (2000) salientam que este frequente contato favorece que os alunos sejam observados constantemente, o que faz com que o educador tenha um papel importante no reconhecimento dos maus-tratos infantis ocorridos fora do ambiente escolar.
Por ter este contato, quase que diário, com a criança, a escola pode e deve ser um agente de proteção, e pode chegar a ser o único refúgio da criança abusada (FARINATTI e FONSECA, 2000). A escola, muitas vezes, é a única a zelar pela proteção do aluno, como nos casos em que a própria família da criança é a responsável pela violência (INOUE e RISTUM, 2008).
O ambiente escolar deve ter o objetivo de contribuir para a qualidade de vida de seus alunos e promover a cidadania (BRINO e WILLIAMS, 2003). Por isso, é importante que a escola tenha conhecimento sobre quais são os sinais de abuso sexual identificáveis na criança, pois, segundo Farinatti e Fonseca (2000), ela pode ter papel importante na identificação da criança abusada à medida que reconhece os sintomas.
Os sinais indicadores de abuso sexual, que podem ser percebidos pelos educadores nas crianças são: comportamentos sedutores, com brinquedos e brincadeiras sexualizadas, além de jogos sexuais inapropriados à faixa etária, problemas de conduta na sala de aula e pátio, e 5 outras dificuldades, isso pode ocorrer como resposta a todos os eventos estressantes sofridos em razão do abuso