Aborto
A realização deste trabalho prende-se com a necessidade de aprofundamento dos conhecimentos gerais acerca do aborto. Este tema foi escolhido por constituir um assunto de interesse antropológico e social com o qual nós, enquanto futuros profissionais de saúde, nos poderemos vir a deparar.
Na realização desde trabalho são utilizados, como documentos principais, dissertações retiradas de uma base de dados. Cada dissertação apresenta uma perspectiva histórica específica sobre o aborto.
Os principais objetivos deste trabalho são:
Apresentar a forma como o aborto era encarado por sociedades primitivas;
Compreender a evolução da definição de aborto e da forma da sociedade e da ciência o encararem;
Investigar a evolução dos métodos abortivos;
Estudar a evolução da Legislação em vigor ao longo dos anos em Portugal e no mundo;
O trabalho encontra-se dividido com sete grandes capítulos sendo que o segundo, terceiro e quarto capítulos nos dão conta de uma definição de aborto, métodos abortivos e respetivas consequências, legislação e até mesmo vários subtipos de aborto sendo estas informações contemporâneas aos respectivos autores. O primeiro capítulo resume as crenças dos povos primitivos em todo o mundo acerca deste grande tema. Os restantes capítulos dizem respeito à atualidade (capítulo 5) e à legislação (capítulo 6) em vigor no nosso país e no mundo.
1- HISTÓRIA
As sociedades primitivas, que só compreendiam a vida pelas suas partes mais simples, básicas e violentas, tinham uma completa indiferença pelo feto.
Assim, na Grécia era amplamente praticado o aborto, não só para manter os números da população, mas também para evitar o sofrimento do parto. Sócrates e Platão concordavam igualmente com esta prática, aconselhando mesmo as parteiras a facilitarem o aborto às mães que assim o desejassem.
No entanto, Hipócrates dizia que a mulher que abortava corria sérios perigos que não podia evitar, afirmando mesmo que era mais doloroso o aborto que