ABORTO
Envolvendo tanto a religião quanto os direitos da mulher, existem duas ideologias. A primeira é o autoritarismo, uma herança do Brasil colônia, que perdurou durante os regimes militares de Vargas e da ditadura militar (1964-1985), e a segunda é a democracia, principalmente a partir de 1986. O autoritarismo impõe, a todos, a sua ideologia ao passo que a democracia tenta garantir, a todos, os mesmos direitos. No Brasil, no entanto, a democracia ainda não conseguiu se firmar; não tendo conseguido, por exemplo, mudar o governo brasileiro, que ainda continua adepto do autoritarismo. Um exemplo recente é a contratação de médicos estrangeiros, principalmente cubanos, à revelia da vontade popular. Em outras palavras, a democracia, no Brasil, existe em alguns casos, mas não é exercida a pleno vigor. Seria democrático, por exemplo, que as mulheres pudessem ter a liberdade de legislar sobre seu próprio corpo, podendo escolher entre ter um filho ou não. No caso da legalização do aborto, todas as mulheres, a ele, contrárias teriam a opção de não abortar. Aquelas que são a favor do aborto, hoje, não podem escolher: são obrigadas a ter o filho, querendo ou não. Isso não é democrático; é autoritário.
Do ponto de vista feminino, no Brasil, existe uma grande diferença entre a religião católica e a democracia. A religião católica tem uma história de dois