abordagem critico emancipatoria
Uma das principais obras já publicadas dentro da perspectiva crítico-emancipatória no escopo da Educação Física é de autoria do Professor Elenor Kunz e intitulada Transformação didático-pedagógica do esporte, inspirada, especialmente, nos pressupostos da escola de Frankfurt. Nesse livro, o autor busca apresentar uma reflexão sobre as possibilidades de ensinar os esportes pela sua transformação didático-pedagógica, de tal modo que a Educação contribua para a reflexão crítica e emancipatória de crianças e jovens.
Os termos mais conhecidos desta abordagem se aproximam da crítico superadora, tais como justiça social, transformação social, cultura de movimentos e outros.
Para o autor, o ensino na concepção crítico-emancipatória deve ser um ensino de libertação de falsas ilusões, de falsos interesses e desejos, criados e construídos nos alunos pela visão de mundo que apresentam a partir do conhecimento. O ensino escolar necessita, dessa forma, basear-se numa concepção crítica.
Kunz defende o ensino crítico, pois é a partir dele que os alunos passam a compreender a estrutura autoritária dos processos institucionalizados da sociedade e que formam falsas convicções, interesses e desejos. Assim, a tarefa da Educação crítica é promover condições para que essas estruturas autoritárias sejam suspensas e o ensino possa caminhar no sentido de uma emancipação, possibilitada pelo uso da linguagem.
A linguagem tem papel importante no agir comunicativo e funciona como uma forma de expressão de entendimentos do mundo social, para que todos possam participar em todas as instâncias de decisão, na formulação de interesses e preferências e agir de acordo com as situações e condições do grupo em que está inserido e do trabalho no esforço de conhecer, desenvolver e apropriar-se de cultura.
Do ponto de vista das orientações didáticas, o papel do professor na concepção crítico-emancipatória confronta, num primeiro momento, o aluno com a