Abolição um processo

Acadêmica:
Curso: História – 3º ano
Professora:

Abolição Um processo

Maria Helena Pereira Toledo Machado

Segundo Maria Helena Pereira Toledo Machado, “ao contrário do que apontavam as aparências e afirmavam os parlamentares e a burocracia imperial, que correram para assumir as glórias do feito, o fato social da abolição foi realizado em outra parte, nas dobras do mundo parlamentar, no contexto das militâncias populares”. Será através da analise das reações populares, às leis que fizeram parte do processo da abolição, utilizando de inventários, inquéritos policiais e boletins de ocorrência, que registraram “revoltas , fugas e protestos de escravos, forros e populares ocorrendo em todo tempo e lugar, onde a escravidão ainda significava algo.” (MACHADO. T.P.H Maria pg. 369), assim à autora utiliza uma abordagem social da escravidão e dos processos de emancipação, tendo como foco a atuação de escravos, libertandos e libertos na constituição deste processo. A política que fora estabelecida pelo estado brasileiro desde 1818 e ratificada em 1831, determinava que todos os escravos que entrassem no país seriam livres, foi um primeiro ensaio de uma politica gradualista, que precedeu o emancipacionismo; estabelecia o prazo de 14 (quatorze anos) para efetivação da liberdade, período no qual o capturado poderia servir ao estado, ou ser arrematado por particulares, em ambos os casos ficando submetido a formas de controles similares aos da escravidão, sendo de certa forma uma “liberdade controlada”, servindo assim de uma espécie de laboratório, onde os africanos livres, eram inculcados da disciplina do trabalho, e da subserviência que deles,
Nesse contexto o Brasil via-se pressionado pela Inglaterra, que em 1845 promulgava a lei Bill Aberdeen que proibia o comércio de escravos entre a África e a América e somente em 1850 promulgava a lei Eusébio de Queiros, que tornava ilícito o tráfico de escravos, tendo como apoio à lei de 1831, que já previa o