ABOLIÇÃO ESCRAVATURA NO CEARÁ
LIDERES Francisco José do Nascimento (Dragão do Mar) Convivendo com tráfico de escravos desde cedo (nasceu em 1839) e sendo pardo, o Dragão do Mar só foi alfabetizado aos 20 anos de idade. O jovem mulato presenciou o motim de escravos do barco Laura Segunda e o enforcamento dos escravos rebeldes na Praça dos Mártires. A cada dia eram cometidas barbaridades contra seus irmãos negros, muitos dos quais jangadeiros. E, por fim, acabou liderando os jangadeiros para não embarcarem ou desembarcarem negros escravizados no litoral cearense.
João Cordeiro Fundador e presidente da Sociedade Cearense Libertadora, foi participante ativo do Movimento Abolicionista do Ceará. O movimento que propagava os interesses em prol da abolição. Defensor da República, foi Vice Governador do Ceará, chegando a ser eleito como Deputado Federal e Senador.
AS CAUSAS
O Ceará vivia anos de intensa seca (1877-1879) o que desorganizou a produção do estado e matou de fome e de diversas enfermidades, como varíola e cólera, mais de um quarto da população. Os latifundiários não podendo manter seus escravos, os vendia para outros fazendeiros, principalmente do sudeste do país. Assim, o movimento abolicionista tomava cada vez mais força, e as críticas só aumentavam com o passar do tempo, o que levou as pressões pelas camadas e setores da sociedade cearenses principalmente latifundiários e pequenos produtores, além de comerciantes e advogados, a classe média assim chamada.