abertura de espírito

ABERTURA DE ESPÍRITO
Agostinho da Silva, um célebre filósofo nacional sempre defendeu que a abertura de espirito é uma forma de estar: “Estar atento às ideias novas que vêm dos outros. Nunca julgar que aquilo que se acredita é efetivamente a verdade. Fujo da verdade como de tudo.” Silva, A. (1990).
Ter abertura de espírito é isso mesmo, ter vontade de descobrir provas que contrariem as crenças, planos ou metas favorecidas, é não negligenciar ou desprezar o que podemos encontrar do outro lado, levando a examinar e a avaliar todas as novas informações, levando-nos a tirar conclusões que podem sofrer constantemente revisões. Sendo assim, precisamente, o contrário de preconceito- onde todos os pensamentos e julgamentos das pessoas estão de tal modo enraizados que são comparados a uma determinada norma ideal. Deste modo, considera-se ter abertura de espírito um sinal de carácter forte, uma virtude correlativa e, portanto, positiva. “Não corro como corria/Nem salto como saltava/Mas vejo mais do que via/E sonho mais do que sonhava”, Silva, A. (1990).
Provavelmente, um dos mais influentes estudiosos do séc.XX neste tema foi Irving Janis, professor de Psicologia Social da Universidade de Yale, que trabalhou sobre o “Pensamento de Grupo”, onde se baseou no modo de pensar de políticos norte-americanos. Refletiu sobre o que os levava a tomar determinadas atitudes perante diversas questões, como por exemplo a invasão de Cuba em 1961 que foi considerada um dos “piores fiascos jamais perpetrados por um governo responsável” Leonard, D., Swap, W. (1956). Com este estudo concluiu que as pessoas tendem a tomar decisões precipitadas e por vezes erradas para manterem a concordância dentro do grupo. Considera que as pessoas devem deixar de ser ortodoxas e ser mais criativas, uma vez que, quando um grupo tem de tomar decisões, a coesão grupal pode ser muito prejudicial.
Para medir a abertura de espírito muitos estudos e teorias foram desenvolvidos, mas no entanto, estas centram-se