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-Ele vai ficar tão surpreso! – Ele pensou se ela imaginava o quão surpreso ele estava.
-Você não devia! - E ele concordou.
-Nunca vou poder te agradecer o bastante! – Ela poderia tê-lo chamado para acompanha-la na viagem, seria o suficiente. Esse era o plano.
Mas o plano nunca corria como concebido, sempre aparecia um obstáculo, uma vírgula ou uma pedra e dessa vez a pedra tinha nome e amigos em comum com ela, apareceu do nada, como se com o único intuito de tirar as coisas dos trilhos em que estavam. Não conseguia se lembrar do nome dele, mas sentia náuseas ao tentar lembrar, por isso evitava.
Lembrava-se de quando a conheceu em uma livraria, ela estava sentada no chão ao lado da estante de literatura internacional, tinha um exemplar de O Pequeno Príncipe no colo e uma pilha com outras obras de Antoine de Saint-Exupéry à sua frente, parecia tentar decidir qual deles levar, parecia indecisa. Ele tinha ido comprar algo pra ler, algo leve, com o qual não se identificasse. Jack London e os Beatniks em geral eram muito realistas e achava mesmo isso, diferente da maioria das pessoas que os viam como pessimistas e ficcionistas. Queria algo novo.
Ela tinha ido tentar se apaixonar de novo como aconteceu com O Pequeno Príncipe, mas não tinha referência alguma para seguir e se sentia perdida ao tentar decidir. Ele conhecia bem Antoine, era um de seus heróis. Foi atrás de algo para ler, passou pelos romances nacionais e estrangeiros, literatura e ficção, mas nada o interessou, faltava algo. Resolveu ir comer e pensar melhor, não havia nenhum