Conto - Captulo X ( X 1 ou 6) Era uma vez um bar... Entrei no bar de forma displicente. Fugindo da noite e da chuva. No olhei para os lados, para cima ou para baixo, no fitei lugares vazios ou o rosto dos presentes. A sineta da porta tocou mas no sei se algum me olhou, eu certamente no olharia. Estava ocupado tentando acender meu cigarro. Dei um longo trago e me sentei no banco fixo do bar. - O de sempre o Barman indagou. Acenei positivamente e ele me serviu. O mesmo Whisky barato de sempre. Ousei levar meus olhos at o canto do bar, e vi o que eu temia. Cassandra. A dona do meu corao. Isso no nada bom, pensei de imediato. A presena dela ali no era nenhuma surpresa, ela vinha todos os dias. Vnhamos trocando os mesmos olhares, e os mesmos sorrisos h semanas. Eu estava apaixonado, mas ela no sabia. Assim como minha famlia. Minha famlia se resumia minha me. A razo do meu viver. Quando meu pai foi embora, algo que surpreendeu a todos ns, mame quase morreu de tristeza. Ela deixou a fbrica e passou a beber, beber e beber. Nesse exato momento a enfermeira deve estar limpando a bunda dela no banheiro de casa. Quando eu sa o tubo de respirao estava verde, de tanta sujeira, duvido que ele seja limpo hoje. Durante um bom tempo me perguntei se valeria a pena vir aqui esta noite. Se eu no deveria dar uma chance para a vida. Para a minha vida e para a vida daquelas pessoas. Mas eu no podia mais voltar atrs. Tudo estava acertado, e eu j havia sido contratado para fazer aquilo. A sineta da porta tocou e eu olhei de relance. A palavra Vadia veio minha mente de imediato. L estava Lisa Grandhill, a filha do prefeito. Ela entrou com mais quatro amigas, todas estavam bbadas, com muitas sacolas e risadas. Usavam roupas mais curtas que as das putas da rua de cima. Todas estavam molhadas e rindo como loucas. Voltei meus olhos para meu copo, estava vazio. Acenei e como num passe de mgica meu copo estava cheio novamente. Algo me instigou e olhei para Cassandra,