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Em relação a esse texto, podemos afirmar que ele possui coesão, já que não apresenta “erros”, mas nem por isso ele apresenta coerência, ou seja, não conseguimos atribuir a ele algum sentido.
Assim, podemos dizer que há textos coesos que não apresentam coerência e há textos que, apesar de não ter coesão, constroem significados e, portanto, têm coerência.
Vejamos alguns exemplos e vamos tentar classificar cada um deles.
4.1 Coesão e Coerência
O gato comeu o peixe que meu pai pescou. O peixe era grande. Meu pai é alto. Eu gosto do meu pai. Minha mãe também gosta. O gato é branco. Tenho muitas roupas brancas.
In: KOCH, Ingedore G.V. e TRAVAGLIA, L.C. Texto e coerência.
São Paulo: Cortez, 1989COESÃO E COERÊNCIA 3
E aí? O que podemos entender desse texto? Em um primeiro momento, verificamos que não há elementos coesivos, ou seja, as marcas linguísticas que fazem a ligação entre os elementos superficiais do texto, e parece que são apenas palavras colocadas sobre o papel.
Entretanto, por termos competência textual tentamos atribuir algum sentido ao que lemos, ou seja, buscamos a coerência do texto.
Segundo Koch & Travaglia (1989), a coerência tem como fundamento a continuidade de sentidos, dizendo respeito ao modo como os componentes do mundo textual se comportam, isto é, a configuração de conceitos e relações subjacentes à superfície do texto são mutuamente acessíveis e relevantes.
Para os autores, o mundo textual pode ou não concordar com a versão estabelecida do “mundo real”. A coerência é “o resultado da atualização de significados potenciais que vai configurar um sentido”, é o resultado de processos cognitivos operantes entre os usuários e não mero traço dos textos.
A coerência, portanto, coloca em funcionamento processos cognitivos que deflagram a conexão conceitual. Tais processos