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COSTA, Edimilson. A globalização e o capitalismo contemporâneo. São Paulo:
Expressão Popular, 2008.
Lucas Gama Lima
Doutorando do Núcleo de Pós-Graduação em Geografia (NPGEO/UFS).
Membro do Grupo de Pesquisa Estado, capital, trabalho e as políticas de (re)ordenamento territorial (GPECT/UFS)
Email: lucasaelima@yahoo.com.br
O opúsculo de Edmilson é uma excelente análise das novas transformações do capitalismo em sua fase imperialista. Resultado de sua pesquisa de Pós-Doutorado delineia com perspicácia o processo de acumulação, concentração e centralização do capital intensificados com a globalização da produção e das finanças.
A obra com 216 páginas foi dividida em 5 capítulos que, articuladamente, buscam descortinar o capitalismo contemporâneo – sob a globalização do capital –argumentando que na atual quadra histórica, o capitalismo assumiu uma nova fase imperialista, balizado pela capacidade do capital em promover a produção, o autofinanciamento e a realização do valor em escala internacional. Inicia-se com a exposição dos diferentes entendimentos sobre a globalização. A primeira vertente de análise é empreendida pelos apologistas da globalização que a definem como o aprofundamento da disposição mercantil humana. Afirmam eles que desde os primórdios da humanidade o homem estabelece sua relação por meio da troca, nesse sentido, a globalização propicia a generalização das trocas e o exercício livre dos desejos – considerados naturais - dos indivíduos. GEONORDESTE, Ano XXII, n.2
RESENHA
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A segunda vertente de análise é empreendida por pensadores que acreditam ser a globalização um mito. Ou melhor, uma tentativa dissimulada dos exegetas do capitalismo de ocultar a exploração das multinacionais sobre os países periféricos, as investidas contra o Estado (o Estado mínimo) e persistências das desigualdades sociais. Dessa forma afirmam contundentemente que a globalização não existe, mesmo porque, em suas opiniões, os fluxos de investimento e as transações