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736 palavras 3 páginas
1945, sertão de Pernambuco. Menos de um mês depois de seu marido, Aristides, partir para tentar a vida em São Paulo, com uma moça bem mais nova, Dona Lindú dá a luz ao seu sexto filho, Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de "Lula".

A primeira infância de Lula coincide com as maiores secas já ocorridas no nordeste brasileiro. Sem marido, e tendo que dar conta de 6 filhos, Dona Lindú, sem abrir mão de seus princípios e valores, literalmente carrega a casa nas costas.

Aos 3 anos, Lula é surpreendido pelo retorno do pai, Aristides, que reaparece acompanhado de dois meninos, que ele diz também serem seus filhos. O contraste entre Aristides e os dois meninos, vestidos com roupas da "cidade", e sapatos, contrasta com a miséria e os trajes maltrapilhos de Lula e seus irmãos.

Aristides fica no sertão apenas por uma semana, o suficiente para Lula tomar contato com a aspereza e o início do alcoolismo do pai. Ao ir embora novamente, Aristides carrega consigo para São Paulo, Jaime, o segundo mais velho dos filhos de Lindú, a deixando mais uma vez grávida e ainda mais desguarnecida.

Apesar da seca e da miséria, Dona Lindú não perde a integridade e faz com que os filhos não percam a esperança.

Durante a seca de 1952, a pior seca da história conhecida do nordeste brasileiro, chega a surpresa: uma carta de Aristides, dizendo que prosperara e que a queria e a todos os seus filhos ao seu lado em São Paulo.

Dona Lindú vende tudo o que tem, inclusive seu pedacinho de terra e parte com os filhos num pau-de-arara.

O que eles não sabiam é que a carta era falsa. Jaime, cansado de apanhar do pai, forjara uma carta de Aristides chamando a família. Aristides, na verdade, queria distância de Lindú e seus magotes.

A viagem no pau-de-arara é um capítulo à parte no filme, ou melhor, é um capítulo fundamental, um dos pilares que formaram a personalidade de Lula.

Foi nessa travessia pelo inferno que Lula tomou

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