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O lançamento de detritos na água de rios e oceanos e a contaminação dos lençóis freáticos por componentes orgânicos oriundos do chorume de lixo e cemitérios; vinhoto resultante da fabricação do açúcar e do álcool; vazamento de tanques de armazenamento subterrâneo de gasolina; agrotóxicos e fertilizantes; rejeitos e aterros industriais, dentre outros, são alguns fatores que comprometem a qualidade da água. O uso da água para resfriar equipamentos de indústrias e usinas, como as termelétricas, sendo liberadas novamente no ambiente, também gera impactos significativos, já que muitos organismos são sensíveis a este aumento da temperatura (em torno de 15° C).
A industrialização, aliada à nossa forma de consumo, fez com que, por exemplo, nos habituássemos ao uso dos plásticos e detergentes em nosso dia a dia. Formando camadas que bloqueiam a passagem da energia solar e oxigênio, comprometem todo um sistema complexo de relação entre os organismos. Além disso, a asfixia de animais com esses polímeros e a permeabilização das penas das asas de determinadas aves são outras consequências visíveis.
O aumento da disponibilidade de nutrientes na água causada, por exemplo, pelo lançamento de esgoto, promove algo parecido com o que foi dito anteriormente: o excesso de nutrientes permite um aumento significativo de algas e cianobactérias, com consequente redução de oxigênio e bloqueio da luz solar em razão da presença destas na superfície. Nessas condições, plantas enraizadas passam a ter dificuldade para efetuar a fotossíntese, prejudicando seu crescimento; e animais não resistem à falta de oxigênio e alimento. Com a morte desses organismos, bactérias e seres bentônicos se proliferam, utilizando o pouco oxigênio restante e, ainda, alguns liberando toxinas. Esse fenômeno é conhecido por eutrofização.
Além desse fator, o despejamento de esgoto elimina na água uma série de patógenos, comprometendo a saúde do ambiente e de quem tem contato ou ingere essa água