50 tons de cinza
Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey, EUA, 2015), filme homônimo ao livro de E L James, agora com a adaptação para as telonas, dirigida por Sam Taylor-Johnson e com estreia marcada para o dia 12 de fevereiro de 2015. O longa promete ser uma das grandes bilheterias do ano, vide o sucesso dos livros.
Sim, li os livros. Sou livreira e interessada em tudo que é publicado. Diferente de muitas pessoas do meio, ditas “cultas” e que torcem o nariz empinado para tudo que faz sucesso, best-sellers aguçam minha curiosidade: “Por que está fazendo tanto sucesso?” “Do que os fãs gostam tanto?” “O que odiaram?” Prefiro enfrentar a leitura e tirar minhas próprias conclusões. Assim sendo, leio tudo que me cai nas mãos e, assim, foi com essa trilogia.
Posso começar pelo grande mérito da versão cinematográfica de Cinquenta Tons de Cinza: a adaptação do texto literário para roteiro de cinema. Creio que, pelo fato do livro ser muito imagético – enquanto para descrever uma cena de sexo, por exemplo, leva algumas páginas, mostrá-la em imagens pode resultar em apenas alguns segundos, a história coube inteira na duração de um filme e pouca coisa precisou ser tirada. Então, os fãs poderão respirar aliviados.
Cinquenta Tons de Cinza começa quando Anastasia Steele (Dakota Johnson) vai entrevistar o jovem e rico (muito rico) empresário Christian Grey no lugar da sua colega de quarto. Em uma entrevista tensa e cheia de duplo sentido, Anastasia conhece o homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, mesmo diferentes, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja — mas em seus próprios termos.
Chocada e, ao mesmo tempo, seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso — os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família —, Grey é um homem