5 liçoes da psicanalise
Segundo LEONEL (2013) o TOC não é uma doença nova, no entanto, era praticamente desconhecida até a década de 80, foi só a partir daí que surgiu maior interesse pelo assunto, devido ao aumento de pesquisas e sua divulgação.
NEIVA e PASTORE (2004) o TOC foi descrito pela primeira vez em 1838, pelo psiquiatra francês Jean Étiene Dominique Esquirol.Um caso muito conhecido foi o de Mademoiselle F., uma jovem de 18 anos, um dia ao visitar sua tia, foi tomada por uma aflição, de que a tia, pudesse lhe roubar os pertences. A partir desse dia, começou a ser acometida por rituais de verificação. Seu pai era um comerciante, ela gastava horas fazendo as contas da loja, mesmo se os resultados estivessem corretos. Seus tormentos foram aumentando a cada dia, lavava as mãos sempre que encostava em alguma coisa. Gastava mais de 3 horas com higiene diária, até chegar ao ponto de não sair mais de sua casa, com medo de se sujar e cair doente. Na época, Esquirol usou a expressão “loucos Razoáveis” para definir os obsessivos compulsivos. “O paciente é constrangido a realizar atos (...) que sua consciência desaprova, mas sobre os quais ele não tem controle voluntario”.
O conceito de neurose obsessiva surgiu no século XX, por Sigmund Freud. Para ele, os pensamentos obsessivos e os rituais compulsivos surgem como resposta inconsciente a determinados desejos que levam a um estado de ansiedade. O estudo clássico sobre a doença é o caso “Homem dos Ratos”, publicado em 1909. Conta a história de um jovem que vivia atormentado pela ideia de que seu pai e a moça que era apaixonado, pudessem ser atacados por ratos. A obsessão pelo bicho surgiu depois de ter ouvido um relato de um tipo de tortura, muito comum naquele tempo. O prisioneiro era amarrado nu, de bruços, com as pernas afastadas. Sobre as nádegas dele, o carrasco colocava, de cabeça para baixo, um balde cheios de ratos. Freud descobriu que a obsessão do jovem se relacionava com os desejos que tinha de se opor às