5 lições da psicanálise
PRIMEIRA LIÇÃO
PALAVRAS CITADAS:
Histeria – Derivada da palavra grega hystera (matriz, útero), a histeria é uma neurose* caracterizada por quadros clínicos variados. Sua originalidade reside no fato de que os conflitos psíquicos inconscientes se exprimem de maneira teatral e sob a forma de simbolizações, através de sintomas corporais paroxísticos (ataques ou convulsões de aparência epiléptica) ou duradouros (paralisias, contraturas, cegueira). As duas principais formas de histeria teorizadas por Sigmund Freud* foram a histeria de angústia, cujo sintoma central é a fobia*, e a histeria de conversão, onde se exprimem através do corpo representações sexuais recalcadas. A isso se acrescentam duas outras formas freudianas de histeria: a histeria de defesa*, que se exerce contra os afetos desprazerosos, e a histeria de retenção, onde os afetos não conseguem se exprimir pela ab-reação*. A expressão histeria hipnóide pertence ao vocabulário de Freud e Josef Breuer* no período de 1894-1895. Foi também empregado pelo psiquiatra alemão Paul Julius Moebius (1853-1907). Designa um estado induzido pela hipnose* e que produz uma clivagem* no seio da vida psíquica. A expressão histeria traumática pertence ao vocabulário clínico de Jean Martin Charcot* e designa uma histeria consecutiva a um trauma físico.
Absence – (ausência) confusão e alteração da personalidade.
Trauma psíquico – resíduos e símbolos mnêmicos de experiências traumáticas.
A psicanálise inicia-se com o médico Breuer quando a utiliza pela primeira vez para o tratamento de uma jovem histérica (1880-1882), que é publicado posteriormente por Breuer e Freud no ano de 1895, denominado Estudos Sobre a Histeria.
A paciente do Dr. Breuer de altos dotes intelectuais apresentava uma séria de perturbações físicas e psíquicas e uma característica impossibilidade de beber. Isto que poderia ser considerado uma doença grave, era desde o tempo da medicina grega