5 AULA
CURSO ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: FUNDAÇÕES
NOTAS DE AULA PROF: Luiz Francisco Muniz da Silva
5ª AULA – CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
1. Introdução
No projeto de fundações, existem dois critérios que devem ser considerados e satisfeitos separadamente: deve haver um coeficiente adequado de segurança à ruptura em termos de capacidade de carga do solo; os recalques, particularmente os recalques diferenciais, devem ser mantidos dentro de limites razoáveis.
Para fundações em argilas, tanto a capacidade de carga como os recalques podem ser decisivos para o projeto de fundações; entretanto, para fundações em solos granulares a fixação da pressão admissível no terreno, praticamente em todos os casos, será ditada pelos recalques.
A deformação de um elemento de solo é função de uma variação nas pressões efetivas e não nas tensões totais. Algumas das causas de deformação de uma estrutura são as seguintes: aplicações de cargas estruturais; rebaixamento do nível d’água; colapso da estrutura do solo devido ao encharcamento; inchamento de solos expansivos; árvores de crescimento rápido em solo argilosos; buracos de escoamento; vibrações em solos arenosos; variações sazonais de umidade; efeitos de congelamento.
A capacidade de carga de um solo está relacionada à ruptura por cisalhamento do terreno. Para fundações em argila, a resistência não drenada ao cisalhamento é usualmente o fator dominante, pois as argilas possuem baixa permeabilidade e a construção da estrutura ocorre geralmente em condições não drenadas. Com o tempo a argila se adensa, aumentando sua resistência e consequentemente a capacidade de carga aumenta com o tempo. O caso de “fim de construção” é quase sempre crítico. Por outro lado, os solos granulares possuem permeabilidade alta e, ao fim da construção, a condição drenada já foi atingida. Portanto, a carga estrutural aplicada aumenta não só as tensões de cisalhamento no solo, como também as