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Caso real de eutanásia|Vincent Humbert, um jovem bombeiro voluntário de 20 anos teve um grave acidente de automóvel numa estrada em França no dia 24 |
|de Setembro de 2000. Ele ficou em coma durante nove meses. Posteriormente, foi constatado que ele se encontrava num estado de |
|tetraplégico, cego e surdo. O único movimento que ainda mantinha era uma leve pressão com o polegar direito. Através destes |
|movimentos conseguia comunicar com a sua mãe. A comunicação, ensinada pelos profissionais de saúde do hospital, era feita com |
|uma pessoa soletrando o alfabeto e ele pressionava com o polegar quando queria utilizar essa letra. Desta forma, conseguia |
|soletrar as palavras. Desde que conseguiu estabelecer comunicações com as pessoas que solicitava aos médicos que praticassem a|
|eutanásia, como forma de terminar com o seu sofrimento em que era obrigado a viver, pois era insuportável. Os médicos |
|recusaram-se a realizá-la, pois na França a eutanásia é ilegal. |
|Ele também solicitou a sua mãe que fizesse o procedimento. "O meu filho diz-me todos os dia: 'Mãe, não consigo mais suportar |
|este sofrimento. Eu imploro-te, ajuda-me'. O que faria? Se tiver de ir para a prisão, irei." |
|Ele fez inúmeras solicitações, inclusive ao próprio presidente francês, através de uma carta, no sentido de dar uma excepção |
|legal ao seu caso. O argumento é de que o presidente francês tem a prerrogativa de indultar prisioneiros, simetricamente |
|poderia isentar de culpa quem o matasse por compaixão. A frase que encaminhou ao presidente Jacques Chirac, em Dezembro de |
|2002, foi a seguinte: "A lei dá-lhe o direito de indultar, eu peço-lhe o direito de morrer". Ele terminou a sua carta com a |
|frase: "O senhor é a minha última esperança". A resposta do presidente, após alguns contactos, inclusive com o próprio |
|Vincent, por telefone,