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Ângela Couto Machado Fonseca
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Resumo
O presente trabalho toma como fio condutor os diferentes modelos de homem pensados nos contextos políticos antigo, moderno e contemporâneo, na intenção de verificar, num primeiro momento, como a arquitetura da prática política constitui seus traços na relação direta com o
‘tipo homem’ que a integra. Num segundo momento, o texto procura tratar do deslocamento dos moldes modernos do sujeito no interior da reflexão e da prática da biopolítica, de modo a apontar, por fim, na leitura do paradigma imunitário de Roberto Espósito, as contradições internas que pertencem a filosofia da subjetividade e sua concepção política pautada no homem como sujeito.
Palavras-chave
Política. Biopolítica. Sujeito. Paradigma Imunitário.
Abstract
This work takes as its guiding principle the different models of human thought in political contexts ancient, modern and contemporary, in order to verify, at first, as the architecture of practical politics have their traces in direct relation to the 'kind man' they integrate. Secondly, the text seeks to address the displacement of the subject modern mold inside the reflection and practice of biopolitics, to point, finally, the reading of the immunity paradigm from Roberto
Esposito, to point the internal contradictions that belong to philosophy subjectivity and its politic design based on man as the subject.
Keywords
Politics. Biopolitics. Subject. Immunity paradigm.
1. INTRODUÇÃO
Francis Wolff no artigo “As quatro concepções de homem” retoma
Kant nos seguintes termos:
Segundo Kant, as TRÊS perguntas fundamentais que o homem pode se fazer são as seguintes: ‘O que devo fazer? É a questão
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Professora da Universidade Positivo. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Direito da UFPR, bolsista de doutorado sanduíche da CAPES na École des Hautes Études en Sciences
Sociales – Paris. Mestrado em Filosofia Moderna e Contemporânea pela UFPR. Aperfeiçoamento em