3 pontos fundamentais para compreender a segunda geração dos annales
1º ponto: “...Diante dessa nova situação, sentimos a necessidade, na história, de novas categorias de análises para melhor se perceber as evoluções em curso...” ( PÁG.102 ).
Neste ponto observamos a necessidade da revista dos Annales de se reinventar, tendo em vista que neste momento entramos na fase denominada 2ª geração dos Annales, onde nos situamos em um contexto histórico, no qual a economia se sobrepõe com a manifestação da revolução tecnologica no pós-guerra, transformando não somente a economia europeia bem como outros países, não só desenvolvidos mas também do terceiro mundo impondo sua própria racionalidade. Em face disto surgiu uma grande necessidade dentro da história de novas formas para analisar as grandes transformações que acontecia neste momento.
Com efeito, é nítido observarmos que com esta internacionalização da economia bem como da comunicação e troca de informações intercontinentais se faz necessária uma reorientação do discurso do historiador, pois este ainda estava atrelado ao nacionalismo, porém com o rumo do novo tempo histórico existe a negação à história puramente nacional e a necessidade de uma aproximação as outras ciências sócias,neste sentido a revista muda seu nome para Annales:économies,societés,civilisations.
2º ponto: “...Braudel julga essencial, mais ainda do que a revolução da história, a necessidade de abrir as fronteiras entre as disciplinas, de derrubar as muralhas edificadas por cada uma delas. É partidário de uma livre troca de ideias e de pessoas entre as diversas ciências humanas...” ( PÁG.111).
Para Braudel a história deveria estar rodeada das demais ciências sócias, não descartava a utilização destas, todavia estas ciências deveriam ser utilizadas de forma complementar à história, jamais de forma igualitária ou até mesmo superior a história. Deste modo observamos uma mudança com relação ao trato da história da 1ª geração para a 2ª,