Carnaval e transgressão
“Apresentação”
“O núcleo central desse grupo é formado por Licien Febvre, Marc Bloch, Fernand braudel, Georges Duby, Jacques Le Goff e Emmanuel Le Roy Ladurie.
Em primeiro lugar , a substituição da tradicional narrativa de acontecimentos por uma hitória-problema.
Em segundo lugar , a história de todas as atividades humanas e não apenas história política. Em terceiro lugar , visando completar os dois primeiros objetivos , a colaboração com outras disciplinas , tais como geografia , a sociologia, a psicologia , a economia, a lingüística , a antropologia social , e tantas outras. (...)” (p.11-12)
“O objetivo deste livro é descrever, analisar e avaliar a obra da escola dos Annales. Essa escola é, amiúde, vista como um grupo monolítico, como uma prática histórica uniforme, quantitativa no que concerne o método, deterministas em suas concepções, hostil, ou pelo menos, indiferente à política dos eventos. Esse estereotipo dos Annales ignora tanto as divergências individuais entre pos membros quanto seu desenvolvimento no tempo. Talvez seja preferível falar num movimento dos Annales, não numa ‘escola’5.” (p. 12)
“Esse movimento pode ser dividido em três fases. Em sua primeira fase, de 1920 a 1945, caracterizou-se por ser pequeno, radical e subversivo, conduzindo uma guerra de guerrilhas contra a história tradicional, a história política e a história de eventos. (...) Essa segunda fase do movimento de uma ‘escola’, com conceitos diferentes (particularmente estrutura e conjuntura) e novos métodos (especialmente a ‘história serial’ das mudanças na longa duração), foi dominada pela presença de Fernand Braudel.” (p.12)
“Na história do movimento, uma terceira fase se inicia por volta de 1968. È profundamente marcadas pela fragmentação. A influencia do movimento, especialmente na França, já era tão grande que perdera muito das especificidades anteriores. Era uma ‘escola’ unificada apenas aos olhos de seus admiradores externos e