2 A Pipa E A Flor 20 29 2
Ô pipa boa! Levinha, travessa, subia alto...
Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.
- Vocês não me pegam, vocês não me pegam!
E, enquanto ria, sacudia o rabo em desafio.
Chegou até a rasgar o papel, num ganho que foi mais rápido, mas o menino consertou, colando um remendo da mesma cor.
Amigos, a pipa tinha aos montões. E seus olhos iam agradando a todos eles, sempre com aquela risada gostosa, contando casos.
Mas aconteceu que, um dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, quando olhou para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. A pipa já havia visto muitas flores. Só que dessa vez seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos...
Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Mas não é assim. Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos.
Outros dão medo, ameaçam, acusam. E, quando a gente se percebe encarado por eles, dá um arrepio ruim pelo corpo. Tem também olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam...
Foi isso que aconteceu com a pipa. Ela ficou enfeitiçada. Não queria mais ser pipa. Só queria uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa. Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela pelo resto de seus dias.
ATIVIDADE 4ª FEIRA- 2ª SEMANA – SEGMENTAÇÃO / PONTUAÇÃO E CURSIVA.
ÔpipaboaLevinhatravessasubiaaltoGostavadebrincarcomoperigoviviazombandodosfiosedosgalhosdasárvoresVocêsnãomepegamvocêsnãomepegam