2. Economia - ADM - MATUTINO

Edição do dia 24/02/2011
25/02/2011 00h54 - Atualizado em 26/02/2011 15h48
Manifestações na Líbia prejudicam as exportações brasileiras
Sozinha, a Líbia representa 0,2% das exportações brasileiras. Mas juntos, os países do mundo árabe compram 6% do que vendemos para o exterior. Por isso, a instabilidade política na região preocupa. imprimir Para fazer negócio, árabe é osso duro de roer. “Se você não tiver muito atento e muito bem informado você se torna um peixe fisgado”, diz o sócio de frigorífico Eduardo Farina.
Mas quando chegam a um acordo, são bons compradores. Um frigorífico de Araguari, no triângulo mineiro, exporta três mil toneladas por ano de carne para a Líbia. Um mercado importante, que está em crise. Desde o início da revolta popular no país, não houve mais embarque para lá.
“Tivermos que suspender toda a produção até que as coisas se esclareçam”, fala Farina.
No ano passado, o Brasil exportou quase US$ 460 milhões para a Líbia. Metade desse valor veio do comércio de minério de ferro - 26%, de produtos agropecuários como carnes, açúcar, trigo, milho e fumo. Os nossos aviões somaram 12%. Máquinas e outros produtos industrializados, 10% das vendas para o país.
Sozinha, a Líbia representa 0,2% das exportações brasileiras. Não é muito. Mas juntos, os países do mundo árabe compram 6% do que vendemos para o exterior. Por isso, a instabilidade política na região preocupa.
Indústrias e famílias consomem menos em tempos de crise e isso pode afetar nossas exportações. Além disso, o risco de negociar com países em crise derruba os preços. As cotações do minério e dos produtos agrícolas caíram até 20% nas bolsas internacionais.
“Ela já reflete a insegurança dos investidores em relação à Líbia. Eu não acredito que as commodites vão cair daqui pra frente com a mesma intensidade que caíram nesses 15 dias”, explica o diretor do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, André Nassar.
O exportador Marcelo Burckauser suspendeu todas