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Assim como o realismo, o dogmatismo é a atitude natural do homem face ao mundo onde a percepção de um objeto o leva a crer na existência do mesmo, sem dúvida. O dogmatismo corresponde à atitude de todo aquele que crê que o homem tem meios para atingir a verdade não se confrontando com a dúvida e não problematizando o conhecimento. Ao longo da história o desenvolvimento de dogmas e doutrinas tem afetado as tradições, instituições e práticas religiosas. Na antiguidade, o termo dogma de origem grega significava aparência e expressava uma opinião, crença ou algo que parecia ser, mas, já existiam filósofos dogmáticos como Parmênides, Platão e Aristóteles que se recusam a crer nas verdades estabelecidas.
O dogmatismo filosófico pode ser entendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questionamento. No século XVIII, o dogmatismo racionalista prega confiança na razão a fim de se chegar a verdades. Em crítica à razão, o filósofo Immanuel Kant faz oposição entre o criticismo, o dogmatismo e o empirismo que se diferencia por reduzir o conhecimento à experiência. Para ele o dogmatismo é toda atitude de conhecimento.
Dogmatismo
De um modo geral, o dogmatismo é uma espécie de fundamentalismo senso comum. Os dogmas expressam verdades talvez não certas, indubitáveis e não sujeitas a qualquer tipo de revisão ou crítica. Deve-se ao filósofo alemão Immanuel Kant (1724 - 1804) e à obra Crítica da Razão Pura o significado filosoficamente pejorativo do termo.