2.2 Enquadramento teorico e conceitual da formacao do docente universitario
Pensarmos na atuação pedagógica em nível universitário nos dias atuais é mais do que ir para uma sala de aula e ensinar um determinado conteúdo. Sendo assim, o conhecimento é um produto de interação do sujeito com o objeto, e o processo de conhecer é, essencialmente, ativo.
No atual contexto educacional do ensino superior, a grande maioria dos professores universitários não faz o essencial que os define, ou seja, apenas dão aulas, copiadas, repassadas como cópia, recebidas pelo aluno como cópia da cópia.
Ser professor universitário não é, nunca foi, e, talvez, nunca será fácil. Por muito tempo era esperado de quem trabalhava como professor, que fosse alguém inspirador, cheio de virtudes, uma pessoa que merecia o respeito de todos. Atualmente, além de se exigir que o professor transmita e ensine conhecimentos técnicos, espera-se que ele seja capaz de mudar comportamentos e atitudes dos alunos.
Bárbara Freitag (1980) conceitua a educação como “o processo de socialização dos indivíduos para uma sociedade racional, harmoniosa, democrática, por sua vez controlada, planejada, mantida e reestruturada pelos próprios indivíduos que a compõem”.
A profissão de professor é antes de tudo uma profissão de tomada de decisão em sistemas complexos onde interagem inúmeras variáveis das quais o professor faz parte, nessa perspectiva exercer a profissão de magistério no ensino superior é desafiante. Uma vez que, esta precisa mudar sua concepção de mera transmissora de conhecimentos, para a educação de futuros cidadãos na nova sociedade. Assim, a educação precisa se aproximar mais de aspectos éticos, coletivos, comunitários comportamentais e emocionais, estando a serviço de uma educação democrática dos futuros cidadãos. Conceituar ou identificar um docente universitário como intelectual transformador é compreender o seu trabalho diário como intelectual, e isso quer dizer, desenvolver um conhecimento