1994
O real derrotou a inflação
C
om a inflação em disparada, o salário era corroído a olhos vistos a cada mês, e as famílias não podiam poupar nem planejar nada para o futuro. Era um problema crônico para o Brasil, com efeitos devastadores. Em 1990, o aumento
dos preços bateu recorde, chegando a nada menos que 82% num único mês, o de
março. Em junho de 1994, a inflação estava em 47% mensais, quando foi controlada drasticamente com o Plano Real. Desde então, a média mensal da inflação ficou em
0,8%. Em 2001, a média foi de apenas 0,6% ao mês.
Inflação mensal 1983-2002
82%
Fonte: IPCA/IBGE
Ago/02
Ago/01
Ago/00
Ago/99
Ago/98
Ago/97
Ago/96
Ago/95
Ago/94
Ago/93
Ago/92
Ago/91
Ago/89
Ago/88
Ago/87
Ago/86
Ago/84
Ago/83
Ago/85
14% 20%
9%
47%
26%
21%
Ago/90
37%
• O cotidiano era muito marcado pela inflação. Naqueles tempos, o brasileiro não tinha referências seguras para saber se uma mercadoria estava cara ou barata.
Qualquer demora ou atraso de pagamentos levava a pessoa a perder dinheiro.
• Sem falar no transtorno que era ter de correr ao supermercado no dia de receber o salário para evitar os efeitos da remarcação constante de preços.
• Quem se lembra do nome dos planos? Foram tantos e sem sucesso: Plano Cruzado (1986),
Plano Bresser (1987), Plano Verão (1989), Plano Collor I (1990) e Plano Collor II (1991).
• O gráfico anterior mostra os sobressaltos da inflação, em seu sobe-e-desce nervoso, até ser finalmente ferida de morte com o Plano Real, em julho de 1994. De lá para cá, a linha azul encostada “no chão” resume o controle.
• As reformas feitas a partir do Plano Real sustentaram a estabilidade dos preços e, ao contrário dos outros planos econômicos, garantiram ganhos duradouros aos trabalhadores e aos mais pobres.
• A inflação manteve-se em níveis de países desenvolvidos, e a estabilidade econômica
fincou