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O déficit de infraestrutura não é o único problema a tornar ineficiente a logística de transporte de bens no Brasil, de acordo com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.

“Logística não e só infraestrutura e nossos problemas a extrapolam”, disse nesta quarta-feira em evento sobre desenvolvimento econômico em São Paulo.

Figueiredo citou como exemplos de questões que precisam de solução a concentração do transporte de mercadorias por rodovias, a idade dos caminhões e o excesso de cargas transportadas por eles; além da extensa jornada diária dos caminhoneiros.

“No Brasil, parte dos caminhões circula há mais de 20 anos. Nos Estados Unidos, a idade limite é de seis anos. Essa frota velha é antieconômica”, disse, acrescentando que os preços do transporte de cargas são formados a partir de práticas insustentáveis, como motoristas trafegando 18 horas por dia e levando excesso de cargas.

Figueiredo lembrou que histórico logístico brasileiro é complicado e vem de longa data. “Temos que ter consciência de onde estamos e para onde vamos. Algumas deficiências são as mesmas da década de 1970. Em algumas regiões, temos a mesma infraestrutura daquela época”, disse.

O presidente da EPL lembra que os investimentos em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias foram paralisados nos anos 1980 e 1990. “O setor parou por 30 anos e os investimentos foram retomados verdadeiramente com o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC)”, diz.

Para ele, o PAC não trouxe novidades sobre quais eram as obras que precisavam ser feitas. “A novidade é que há recursos para começar e acabar as obras e compromisso com o prazo. Se hoje discutimos atraso das obras é porque tem um cronograma. Antes não se sabia em que estágio as obras estavam, por que não havia um cronograma”, afirma.

O lançamento das obras sem projeto, estudo ambiental e modelagem também contribuíram, segundo o presidente da EPL, para os atrasos registrados hoje. “Após lançar o

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