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PERCEPÇÃO SUBLIMINAR: LONGE DOSOLHOS, PERTO DO CORAÇÃO
A percepção subliminar é uma temática de grande importância, pela sua constância e actualidade, originária das investigações sobre o processamento mental inconsciente. Como o nome sugere, trata-se da percepção que não atinge o limiar da consciência, mas cuja presença é detectada e registada pelo organismo, o que pode ser atestado por meio de respostas verificadas (comportamentos manifestos) bem como por alterações cerebrais constatadas pelas técnicas imagiológicas.
Ronaldo Schütz - ESGHT
Saul Neves de Jesus - FCHS
Introdução e Contexto
A percepção subliminar, também chamada de subcepção (do francês e do inglês “subception”), foi primeiramente descrita por Lazarus e McClearly (1951). Estes autores iluminavam, num ecrã, padrões de letras, com um tempo de exposição considerado muito reduzido para que fosse possível a identificação verbal. A alguns dos padrões projectados estava associado um pequeno choque eléctrico, visando transformar as letras sem significado em estímulos com carga emocional capazes de induzir reacções do sistema nervoso autónomo. Observe-se que as reacções do sistema nervoso autónomo são com frequência utilizadas neste tipo de trabalho, por não dependerem de processos verbais.
Isto possibilita que seja verificada a representação somática das emoções que ocorram na ausência da capacidade de descrição verbal do estímulo.
Nesta experiência, verificou-se que quando os estímulos condicionados eram apresentados de forma subconsciente, o sistema nervoso autónomo reagia, indicando que o significado emocional condicionado tinha sido registado, apesar dos sujeitos não terem consciência do estímulo. Confirmou-se, também, que relativamente aos
02 03
dos algarves
estímulos neutros (padrões de letras a que não se associaram choques eléctricos), os organismos dos sujeitos não reagiam.
O psicólogo canadiano Wilson Brian
Key (citado em Calazans, 1999) explica
o