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Grupo 4: Extração de madeira, desmatamento e queimadas na Amazônia.
GREENPEACE – Setembro/2001
A cada ano, cerca de 30 milhões de metros cúbicos de toras são extraídos das florestas da Amazônia. Essa exploração, causa danos severos ou a total destruição de áreas imensas de florestas da região. Inicialmente, a atividade não causava grande impacto à floresta. Os madeireiros exploravam apenas um pequeno número de espécies, transportando as toras pelos rios. Entretanto, nos últimos trinta anos, a exploração tem se tornado cada vez mais intensiva e predatória.
A demanda por madeiras da Amazônia cresceu, principalmente, após a destruição da Mata Atlântica, que era a principal fonte de matéria prima do Brasil. Como não houve investimento suficiente em reflorestamento para abastecer o mercado, as florestas nativas da Amazônia tornaram-se a principal fonte de madeira para o mercado nacional e, cada vez mais, para o internacional.
A intensificação da exploração resulta em danos maiores, já que requer a construção de mais estradas, o uso de equipamentos de extração maiores e, consequentemente, a abertura de pátios maiores. A derrubada de várias árvores grandes sem planejamento leva à abertura de grandes clareiras¹. As clareiras ficam ainda maiores durante o arraste, quando toras de até 25 metros são puxadas para os pátios. Um estudo em Paragominas/PA mostrou que, para cada árvore extraída, outras 59 árvores com diâmetro acima de 10 centímetros foram destruídas ou danificadas.
¹ 1. Claro em que não há vegetação num campo, mato ou bosque. 2. [Figurado] Lacuna, vão.
Os impactos secundários da exploração também são drásticos. A floresta explorada intensivamente é altamente suscetível a incêndios. A luz penetra no interior da floresta através das clareiras e seca a matéria orgânica morta (folhas, troncos e galhos), tornando-a combustível. Os incêndios florestais têm sido muito frequentes na Amazônia. O fogo usado para a limpeza de áreas desmatadas e