11 De setembro de 2001: reflexões sobre o dito e o não-dito.
TÓPICOS ESPECIAIS EM ANÁLISE DO DISCURSO E PSICANÁLISE PROFª. DR. MAURÍCIO MALISKA
11 DE SETEMBRO DE 2001: REFLEXÕES SOBRE O DITO E O NÃO-DITO.
PAULO BARRIOS
Tubarão 2013
11 DE SETEMBRO DE 2001: REFLEXÕES SOBRE O DITO E O NÃO-DITO.
Paulo Barrios1
Resumo Este artigo aborda a manifestação de George W. Bush, em um dos seus primeiros discursos ligados aos chamados “ataques de 11 de setembro” de 2001. Destaca um ato falho, percebido em uma de suas falas, ao citar Saddam Hussein como responsável pelo “terrorismo” praticado contra os Estados Unidos, quando na realidade estava querendo acusar Osama bin Laden, líder árabe apontado, na época, pelas agressões. Também questiona se a cobertura dada pelas “grandes mídias” ateve-se ao dever do Jornalismo de divulgar, de forma equilibrada, as partes divergentes, no sentido de privilegiar o criticismo, o apartidarismo e o pluralismo. E conclui que vozes destoantes foram silenciadas em favor de um discurso autoritário, relacionado ao imperialismo, ao capitalismo, à política, à ideologia. Palavras-chave: 11 de Setembro. Discurso. Ato falho.
INTRODUÇÃO Este trabalho relaciona-se a uma das gestões mais polêmicas dos EUA – a de George Walker Bush e seus colaboradores. Propõe uma reflexão sobre um ato falho, percebido na fala do então presidente, ao citar Saddam Hussein como responsável pelo “terrorismo” praticado contra os Estados Unidos, quando na realidade estava querendo acusar Osama bin Laden. Questiona as razões pelas quais as chamadas “grandes mídias” não deram espaços aos outros pontos de vista dissonantes, já que “é dever jornalístico (deontológico e ético) ouvir todos lados divergentes envolvidos em notícias ou reportagens que trazem a público, para repercutir na sociedade, conflitos de interesses ou de versões”. (CHAPARRO, 2007).
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Professor Graduado em Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e