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Descrição e análise dos dados
Neste capítulo, trabalharemos com os textos das peças e com os paratextos que os acompanham, com o intuito de localizar e examinar como a discriminação aparece nos textos-fonte e nos textos-meta. Antes, porém, gostaríamos de fazer uma pequena apresentação dos tradutores brasileiros cujas versões foram utilizadas. 4.1
Apresentação dos tradutores
Na apresentação dos tradutores gostaríamos de enfocar em particular sua inserção no contexto das traduções de Shakespeare. A partir dos paratextos
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510558/CA
contidos nas edições, ou de outros textos relacionados, tentamos depreender o conceito de tradução que norteia o trabalho, bem como os objetivos de cada tradução analisada. Tratando-se de um texto teatral, procuramos verificar também se os textos foram traduzidos com vistas à encenação ou se foram alguma vez encenados. Barbara Heliodora
Barbara Heliodora, tradutora, crítica teatral e pesquisadora, é considerada uma das maiores autoridades brasileiras em Shakespeare, tendo já traduzido um total de 30 peças, das quais 20 estão publicadas. A tradutora pretende em breve terminar a versão do teatro completo por encomenda da editora Nova Aguilar. No momento, foi lançado o primeiro volume do projeto, onde estão incluídas as tragédias (Titus Andronicus, Romeu e Julieta, Julio César, Hamlet, Otelo, o mouro de Veneza, Macbeth, Rei Lear, Antonio e Cleópatra, Coriolano e Timon de
Atenas) e as chamadas “comédias sombrias” (Bom é o que acaba bem, Medida por medida, e Troilus e Cressida). A editora planeja publicar o volume das comédias em 2007, e encerrar o projeto com as peças históricas em 2008.
Em termos de crítica shakespeariana, Barbara Heliodora já publicou três livros − A expressão do homem político em Shakespeare (Paz e Terra, 1978),
Falando de Shakespeare (Perspectiva, 1997), que contém um ensaio dedicado a
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Otelo, e Reflexões Shakesperianas (Lacerda, 2004) − além de ensaios publicados em jornais,