1. A formação dos estados nacionais e as oligarquias na América Espanhola após a Independência
O processo de formação dos países latino-americanos foi marcado pela instabilidade política. A substituição das antigas colônias espanholas por nações independentes apresentou dois problemas básicos: constituir Estados soberanos e organizá-los em meio às mais variadas tendências políticas. Além disso, o antigo império espanhol, agora fragmentado em repúblicas independentes, continuou a conhecer uma realidade socioeconômica e cultural dividida. Na maior parte da América Latina, onde predominava uma estrutura latifundiária e as mais variadas formas de semi-servidão, a independência pouco ou nada veio alterar.
Nesse contexto, marcado por tantas diferenças, surgem os antagonismos regionais entre as lideranças do processo de emancipação, ao sabor dos mais variados interesses.
Quanto à forma de organização dos Estados nacionais, o republicanismo foi o princípio político geral que norteou a formação dos Estados nacionais latino-americanos. Entretanto, a monarquia tinha seus defensores entre muitos membros da elite criolla. Essa tendência, além do Brasil, só seria viabilizada no México com Augustin Itúrbide, e, assim mesmo, por um curto espaço de tempo. Com a opção pela república, impõem-se também os interesses e as ambições relativas ao mando local, transformando as disputas políticas em violentas e sangrentas lutas.
2. As propostas de unidade
Em meio às dificuldades de instalação dos Estados Nacionais, uma proposta foi marcante, no sentido de unir toda a América Espanhola numa só nação. Isso em razão da ameaça de recolonização defendida pela Espanha, apoiada na Santa Aliança européia.
Com isso, ganha espaço o bolivarismo, uma das bases do pan-americanismo, defendido por Simón Bolívar, o Libertador. Em termos concretos, entretanto, os ideais de Bolívar se efetivaram em poucas experiências. Entre 1819 e 1830, a Venezuela, o Equador, a Colômbia, compreendendo o