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Simón Bolívar foi um dos homens mais significativos de seu tempo, não apenas na América espanhola mas em todo o mundo; um homem no plano ideológico de sua época, portador da bandeira da liberdade; um personagem histórico, decisivo, no qual reúnem-se o espírito culto da época, o gênio militar e a capacidade política do estadista, cuja obra se projeta para além do momento histórico em que vive para condicionar a vida histórica do futuro; enfim, o principal representante de uma geração de homens que pretendem dar à América espanhol a uma fisionomia própria, autêntica, e até mais adiantada, talvez, em alguns aspectos, à realidade européia. Antes da independência tudo era escuridão, servidão, submissão a monarquia absoluta; com a independência surgem a luz, a soberania nacional, a liberdade republicana. Nesse sentido, Bolívar e sua geração adquirem o significado de salvadores e heróis que dividem a História, arrancando os povos das trevas, fundando nações e abrindo caminho para a liberdade.
Em 1825 , foi elaborado um projeto de constituição para Bolívia , por decisão por decisão de uma assembléia das províncias do Alto Peru, vinculadas ao vice-reinado de Buenos Aires desde 1778. Nesse Projeto de Constituição – o mais elaborado de seus escritos políticos – Bolívar tenta lançar as bases de um novo país visando, como em Angostura, a instituições estáveis e duradouras que, sobre os princípios da liberdade e da igualdade, garantam a estabilidade e a continuidade do sistema republicano.

O pensamento latino-americano do século XIX foi pautado na observação da nova realidade da América Latina, interpretada à luz, por um lado, de idéias iluministas como a exaltação do progresso, por outro, dos conceitos característicos do romantismo como a busca do original e próprio e também do positivismo com sua confiança no poder modernizador da educação.

Simon Bolívar era contra a escravidão na América, ele considerava a escravidão uma infração gravíssima, a maior