1 TEMA1
A gíria como instrumento de interatuação nas aulas de Língua Portuguesa.
2 JUSTIFICATIVA
A função da linguagem é basilar nas relações entre os seres humanos, levando em conta que qualquer grupo social deriva desta para a edificação da interação entre os indivíduos. A comunicação humana pode efetivar-se por meio da linguagem verbal ou por intermédio da linguagem não-verbal, sendo estas ajustes transformáveis de acordo com as precisões e interesses de cada grupo social, podendo ser reunidos em conjuntos conhecidos como códigos1. A linguagem poderá ser compreendida como um indicador que está em ininterrupta mutação, propiciando uma multiplicidade de empregos, que derivam das diversas situações comunicacionais em que os falantes estejam2.
É por intermédio da linguagem que se constrói a história, são publicizados saberes, instigamos e somos instigados, enfatizamos o agora, rememoramos o passado e projetamos o futuro. Em razão disto, é fundamental que a escola e, principalmente, o professor de Língua Portuguesa, tenham em mente a ideia de trabalhar com esta característica peculiar de nossa língua.
MLOA (2007) preleciona que a sala de aula é um meio ecológico, ou seja, é o lugar onde há a interação na heterogeneidade existente entre professores e alunos. Trata-se da diferença entre as pessoas, de individualidades e de atributos, onde permanecem relações macro e micro. Nas palavras do autor, “esse contexto ecológico está conexo com os intercâmbios entre ensino e aprendizagem e entre professor e aluno, onde existem trocas de conhecimentos através do discurso, que também se apropria de gírias”.3
O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa em sala de aula deve ser usado sempre em favor do aluno, para servi-los e não o contrário. O que nota-se é que ao invés do ensino de nossa língua materna na escola conduzir o aluno a uma elasticidade de expressões, o que se tem é o efeito contrário, onde o aluno se sente um “estrangeiro” no mundo vocabular do professor.
É cogente