1. Resenha sobre o texto de Roberto DaMatta “Relativizando, Uma Introdução À Antropologia Social”
O texto de Roberto DaMatta busca situar a Antropologia Social no campo da ciência, bem como esclarecer ao leitor a relação dela com os demais ramos da Antropologia. Um desses ramos é a Antropologia Biológica ou Antropologia Física, responsável pelas famosas medições de crânios e esqueletos que buscavam responder as dúvidas sobre a evolução e a idade da espécie humana. Foi no século XIX, século do nascimento de diversas outras ciências, que esse interesse pelo nosso passado consolidou a Antropologia Biológica no campo científico. Entretanto, é válido ressaltar que as origens da Antropologia datam muitos séculos antes, com as grandes navegações. Os primeiros relatos antropológicos foram feitos, em sua maioria, por viajantes e missionários. É provavelmente deles que, através dos relatos que ressaltavam as diferenças físicas, linguísticas e costumes alimentícios dos povos “descobertos”, que surgiu o termo “raça”. Esse período é chamado de Literatura Etnográfica. Não por coincidência, em 1859, Charles Darwin expos sua teoria do evolucionismo na sua obra “A Origem das Espécies”, onde ele apresenta várias evidências com relação à adaptação das espécies e diversidade biológica proveniente da seleção natural, favorecendo assim, a perpetuação da ideia de raças humanas e o surgimento do “Racismo Científico”, que pregava uma hereditariedade de culturas. Já no século seguinte, ainda no início do século XX, a Antropologia ganhou outros nomes. Na Inglaterra era a Antropologia Social, nos Estados Unidos a Antropologia Cultural e na França a Etnologia e todas elas dedicavam se a estudar sistemas de ação sociais baseadas em regras e conhecimentos fabricadas pelo homem. Desse modo, sabemos hoje que os instrumentos e artefatos matérias utilizados para explorar a natureza são o que definem o homem, a sua condição e posição social. Mas por quê? É ai que entra o grande