1° Geração do Romantismo no Brasil
A exaltação da natureza, a volta ao passado histórico e a idealização do índio como representante da nacionalidade brasileira são temas típicos do Romantismo presentes nas obras de Gonçalves Dias. Assim, sua obra poética pode ser dividida basicamente em lírica (o amor, o sofrimento e a dor do homem romântico – “Se eu morre de amor”), medieval (uso do português arcaico – “Sextilhas de frei Antão”) e nacionalista (exaltação da pátria distante – “Canção do Exílio”).
Porém, o traço mais forte da obra romântica de Gonçalves Dias é o Indianismo. Ele é considerado o maior poeta indianista brasileiro e possui em sua obra poemas como “I-Juca Pirama”, no qual a figura do índio é heroica, chegando até a ficar “europeizada”.
Utilizador de alta carga dramática e lírica em suas poesias, com métrica, musicalidade e ritmos perfeitos, Gonçalves Dias se considerava uma “síntese do brasileiro”, por ser filho de pai português e mãe mestiça de índios com negros. Talvez por isso tenha citado tanto as três raças em sua obra, todas de formas distintas.
Biografia de Gonçalves Dias:
Gonçalves Dias (1823-1864) foi poeta e teatrólogo brasileiro. É lembradocomo o grande poeta indianista da geração romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É lembrado como um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.
Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu nos arredores de Caxias, no Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça. Iniciou seus estudos no Maranhão e ainda jovem viaja para Portugal. Em 1838 ingressa no Colégio das Artes em Coimbra, onde conclui o curso secundário. Em 1840 ingressa na Universidade