trabalho
O governo Arthur da Costa e Silva (Arena), que durou de 1967 a 1969, se caracterizou pelo avanço do processo de institucionalização da ditadura. O que era um regime militar difuso transformou-se numa ditadura que eliminou o que restava das liberdades públicas e democráticas.
Costa e Silva assumiu a Presidência da República e imediatamente foi intensificando a repressão policial-militar contra todos os movimentos, grupos e focos de oposição política.
Ao longo de seu mandato, o general acenou com a possibilidade de retorno à normalidade institucional, ou seja, da volta da democracia. Mas o presidente justificou a permanência dos militares no poder e a gradual radicalização do regime como uma resposta diante do avanço das oposições. Havia três principais focos de oposição que incomodaram o governo Costa e Silva.
A Frente Ampla
O primeiro foco de oposição era composto por políticos influentes. O presidente deposto, João Goulart (PTB), que se encontrava exilado no Uruguai, e o ex-presidenteJuscelino Kubitschek (PSD). A Frente Ampla ganhou adeptos até mesmo entre os políticos que haviam apoiado o golpe militar de 1964, mas que entraram em discordância com o governo diante dos rumos da política nacional.
A Frente Ampla pressionou o governo reivindicando anistia, uma assembleia constituinte e eleições diretas para governador de estado e presidente da República. As lideranças políticas da Frente Ampla procuraram também obter o apoio popular articulando-se aos mais importantes sindicatos trabalhistas.
O segundo foco de oposição ao regime militar era composto por vários grupos e organizações políticas de esquerda. Após o golpe militar de 1964, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) deu origem a vários outros grupos e organizações de esquerda. Esses grupos e organizações defendiam um projeto revolucionário socialista para o país em substituição ao sistema capitalista vigente.
Enquanto o PCB defendia