1 ATIVIDADE
A origem da palavra é grega, vindo de uma composição entre “ethnos” que significa povo, “astro” que significa estrela e “nomos” que quer dizer lei. Assim, a etnoastronomia é voltada para o estudo dos astros em diversos grupos culturais; vários povos com as mais diversificadas culturas. Pois embora o céu seja igual para os observadores em um mesmo hemisfério, sua maneira de olhar é o que os diferencia. A exemplo disso temos as mais variadas interpretações que podem ser dadas para as diferentes fases da lua, criação do mundo, das estrelas e o aparecimento de constelações como as Plêiades no céu que serão abordadas no próximo capítulo, sobre as lendas mais fascinantes desses povos.
Os mitos indígenas
Desde o princípio em que o homem observava fenômenos naturais como chuva, ventos, relâmpagos, nascimento da lua, pôr do sol e até mesmo eclipses sentia a necessidade de explicar e prever cada um deles. Com os indígenas não foi muito diferente, embora os mitos sirvam não somente para justificar existências, mas também para passar conhecimentos às próximas gerações. Como cada tribo possuía suas próprias lendas, serão abordadas quatro delas, sendo referentes ou aos Bororos do Mato Grosso, aos Carajás da região entre Goiás e Tocantins, e duas aos Tupis-Guaranis da região sul respectivamente.
A criação das estrelas – um mito Bororo
Diz a lenda que no céu a noite era escura, iluminada apenas pela imensa lua e quando ela se escondia, um terrível breu fazia-se sobre as aldeias. Na tribo, durante o dia os homens caçavam, as mulheres cuidavam da plantação de milho e as crianças brincavam.
Um dia, quando as mulheres foram colher o milho encontraram apenas algumas poucas espigas, porque as crianças, em um gesto de travessura, já haviam colhido muitas delas e socado o milho para fazer um bolo. Pediram, então à mulher mais velha para que lhes fizesse o bolo, a qual já cansada e sem forças atendeu ao pedido e, exausta, foi descansar sobre a rede.
Após os