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Morsi ganhou as eleições presidenciais em junho de 2012, e tornou-se o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito. A eleição, considerada livre e justa, aconteceu após um período turbulento da ditadura militar, que viu seu líder de longa data, Hosni Mubarak, ser deposto em fevereiro de 2011. Durante o seu primeiro ano do presidente islamita no cargo, Morsi se desentendeu com as instituições e setores da sociedade, e muitos egípcios achavam que ele estava fazendo pouco para resolver os problemas econômicos e sociais do país.
O Egito ficou dividido entre: apoiadores de Morsi e seus opositores, que incluíam esquerdistas, liberais e secularistas. No dia 30 de junho de 2013, milhares de pessoas foram às ruas para protestar diante do primeiro aniversário de posse de Morsi, em manifestação organizada pelo Movimento Tamarod, oposicionista.
No dia 1º de julho, o exército alertou o presidente Morsi de que, caso ele não atendesse às demandas do público em 48 horas, militares iriam intervir e impor seu próprio "roteiro".
Com a aproximação do ultimato, Morsi insistiu que ele era o líder legítimo do Egito. E avisou que qualquer iniciativa para depô-lo à força poderia lançar o país no caos.
No entanto, no dia 3 de julho, o chefe das forças armadas, o general Abdul Fattah al-Sisi, anunciou que a constituição havia sido suspensa e que o líder da Suprema Corte, Adly Mansour, comandaria um governo interino formado por tecnocratas até que eleições presidenciais e parlamentares fossem convocadas. Desde que ele foi deposto, Morsi está preso em um local não revelado.
Outras figuras importantes da Irmandade Muçulmana também foram detidas, incluindo o poderoso vice-líder Khairat al-Shater, que é acusado de incitar a violência.
Mansour traçou planos para a transição, incluindo uma revisão da Constituição apoiada por Morsi, e novas eleições parlamentares no início de 2014. O plano foi rejeitado pela