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Bernardino Ramazzini (3 de outubro de 1633, Capri – 5 de novembro de 1714, Pádua) foi um médico italiano. Ramazzini foi um precusor no uso de um derivado do quinino no tratamento de malária. Porém sua mais importante contribuição à medicina foi o trabalho sobre doenças ocupacionais chamado De Morbis Artificum Diatriba (Doenças do Trabalho) que relacionava os riscos à saúde ocasionados por produtos químicos, poeira, metais e outros agentes encontrados por trabalhadores em 52 ocupações. Este foi um dos trabalhos pioneiros e base da medicina ocupacional, que desempenhou um papel fundamental em seu desenvolvimento. Ele trabalhou como professor de medicina na Universidade de Pádua desde 1700 até sua morte.
Obras e pensamentos:
Em primeiro lugar, a preocupação e o compromisso com uma classe de pessoas habitualmente esquecida e menosprezada pela Medicina. O próprio Ramazzini reconhece no prefácio de seu tratado, que "ninguém que eu saiba pôs o pé nesse campo [doenças dos operários].(...) É, certamente um dever para com a mísera condição de artesãos, cujo labor manual muitas vezes considerado vil e sórdido, é contudo necessário e proporciona comodidades à sociedade humana. (...)". Com esta sensibilidade e com erudição histórica invejável, Ramazzini entendera que "...os governos bem constituídos têm criado leis para conseguirem um bom regime de trabalho, pelo que é justo que a arte médica se movimente em favor daqueles que a jurisprudência considera com tanta importância, e empenhe-se (...) em cuidar da saúde dos operários, para que possam, com a segurança possível, praticar o ofício a que se destinaram."
Com efeito, praticou e ensinou Ramazzini que, "o médico que vai atender a um paciente operário não deve se limitar a pôr a mão no pulso, com pressa, assim que chegar, sem informar-se de suas condições; não delibere de pé sobre o que convém ou não comvém fazer, como se não jogasse com a vida humana; deve sentar-se, com a dignidade de um juíz, ainda que não