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UM ESTUDO COMPARADO
Valéria Maria Sampaio Mello
Professora – UECE / Mestranda em Educação - UFC
O presente texto tem a finalidade de trazer a lume, como proposta de investigação, as idéias que compuseram a reforma educacional japonesa no pós-Segunda Guerra, numa perspectiva comparada 1.
Os países em estudo, Japão e Brasil, são bastante diferentes quanto ao espaço geográfico, às crenças, às atitudes e à organização social e política, no entanto um aspecto os aproxima, a permanente influência norte-americana.
A perspectiva comparada não é nova no Brasil. Encontramos no trabalho de
(Azevedo, 1961) referência ao assunto: a educação comparada é considerada indispensável como um elemento de cultura pedagógica. Buscamos apoio metodológico também em
Lourenço Filho, S. Bonitatibus, N. Hans e W. Hall.
Além do espírito instrumentalizador que o simples conhecimento das experiências, dos erros, dos avanços e dos diagnósticos de outros países pode ter para a implementação e a correção de políticas internas, o estudo comparativo intercultutal e multicultural é uma forma de antecipação do próprio futuro.
O estudo comparado mostra-se como iluminação do futuro, e a pesquisa com esse teor pretende contribuir na compreensão das razões que explicam a situação presente e as perspectivas das quais se deve partir na elaboração do futuro.
A atmosfera que surge, quando ativamos a comparação entre países, de um lado, poderosos economicamente como os Estados Unidos, e, do outro, considerado do Terceiro mundo, ou em desenvolvimento, como o Brasil, traz à tona a discussão de “sujeição”. Há uma imposição e uma influência externa causando prejuízos sociais profundos em nosso país, sem falar dos parcos investimentos sociais realizados pelos governos em desenvolvimento, daí portanto, o aparecimento do atraso em setores sociais.
O interesse desta pesquisa não está na preocupação de explicar como se deu a formação da sociedade japonesa através do seu