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O homem é um vivente político. E é parte de si mesmo organizar-se em comunidade: primeiro a família, em suas relações diretas ou indiretas entre marido e esposa, pais e filhos, senhores e servos, que tem por finalidade suprir interesses cotidianos entre eles; em seguida, com a constituição de várias famílias, estas se unem e se organizam em aldeias para satisfazer carências mais complexas; da grande organização de aldeias surge a cidade que se caracteriza pela autosuficiência e onde se realiza a promoção de uma vida boa. A cidade, em si, tem por finalidade libertar o indivíduo das deficiências encontradas na comunidade da família e da aldeia. A cidade surge para promover a administração do bem-viver comum a todos os cidadãos da polis. A constituição da polis é a libertação do homem enquanto ser animal. É a saída da condição animalesca. A união foi necessária para a constituição do soberano bem.
A constituição da cidade mostra a razão pela qual o homem é um vivente político mais que qualquer outro animal. “A natureza não faz nada em vão, e o homem é o único animal a possuir linguagem” e é esta linguagem que promove o homem à condição de ser capaz de se organizar, mediante o agir ético, politicamente. Política é Ética são uma e a mesma coisa. O cidadão da polis sabe qual é seu dever enquanto