Ricardo Reis heterónimo de Fernando Pessoa

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Português, para a concretização e avaliação do Módulo IX – Textos líricos. Este trabalho tem como tema um dos poemas de Ricardo Reis – “Prefiro Rosas…”. A obra de Fernando Pessoa é literatura inteira, um conjunto de autores a que ele chamou os seus ” heterónimos “, sendo eles Ricardo Reis, Alberto Caeiro Álvaro Campos e Fernando Pessoa-ele-mesmo, cada um dos quais com um estilo e uma atitude que os distingue das mais. Ao longo deste trabalho consta: Biografia de Fernando Pessoa; O ortónimo e os heterónimos de Fernando Pessoa; Biografia de Ricardo Reis; Motivos poéticos e caraterísticas da poesia/estilo e linguagem; Análise do poema. Fernando Pessoa: Biografia: Fernando Pessoa (1888 - 1935) foi um poeta e escritor português, nascido em Lisboa. É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal. Como poeta, era conhecido pelas suas múltiplas personalidades, os heterónimos, que eram e são até hoje objeto da maior parte dos estudos sobre a sua vida e a sua obra. Fernando Pessoa faleceu em Lisboa, com 47 anos anos de idade, vítima de uma cólica hepática causada por um cálculo biliar associado a cirrose hepática, um diagnóstico que ainda hoje é contestado por diversos médicos. O ortónimo e os heterónimos de Fernando Pessoa: Fernando Pessoa usou nas suas obras diversas

Índice Introdução 3 Ricardo Reis 4 Neste dia em que os campos são de Apolo 5 Estrutura Externa 6 Estrutura Interna 7 Recursos Expressivos 8 Prefiro Rosas meu amor À Pátria 9 Estrutura Externa 10 Estrutura Interna 11 Recursos Expressivos 12 Conclusão 13 Introdução Este trabalho foi nos proposto no âmbito da disciplina de Português, com este trabalho pretendemos desenvolver a análise e interpretação dos poemas “Neste dia em que os campos são de Apolo” e "Prefiro Rosas…

Prefiro Rosas.... Ricardo Reis Prefiro rosas, meu amor, à pátria, E antes magnólias amo Que a glória e a virtude Logo que a vida me não canse, deixo Que a vida por mim passe Logo que eu fique o mesmo Que importa àquele a quem já nada importa Que um perca e outro vença, Se a aurora raia sempre Se cada ano com a primavera As folhas aparecem E com o Outono cessam E o resto, as outras coisas que os humanos Acrescentam à vida, Que me aumentam na alma? Nada,…

Prefiro rosas… de Ricardo Reis 1. O poema é constituído por 6 estrofes. Cada uma delas formada por um primeiro verso decassilábico e dois seguintes versos hexassilábicos. Apresenta versos brancos, sem rima – marca de Ricardo Reis, demonstra a influência Horaciana. Pre/fi/ro ro/sas/, meu/ a/mor/, à /pá/tria, (10) E an/tes/ mag/nó/lias/ amo (6) Que/ a /gló/ria e /a vir/tude (6) 2. O poema tem presentes várias marcas temporais (estrofes 2 a 4). A vida que por Ricardo Reis passa, as folhas…

desencontrada. Levo o meu rumo na minha mão. A memória voou da minha fronte. Voou meu amor, minha imaginação... Talvez eu morra antes do horizonte. Memória, amor e o resto onde estarão? Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra. (Beijo-te, corpo meu, todo desilusão! Estandarte triste de uma estranha guerra...) Cecília Meireles Conclusão: Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos — Por isso temos braços longos…

chegar a hora da morte, partir sem sofrimento. 4. Indique o tema dominante da composição poética. É a contenção estóica. A palidez do dia é levemente dourada. O sol de inverno faz luzir como orvalho as curvas Dos troncos de ramos secos. O frio leve treme. Desterrado da pátria antiquíssima da minha Crença, consolado só por pensar nos deuses Aqueço-me trémulo A outro sol do que este – O sol que havia sobre o Parténon e a Acrópole O que alumiava os passos lentos e graves…

2º Gramática Renata Aval. Trimestral EM 03/07/12 Leia o texto: DIÁLOGO FINAL - É isso que tem a me dizer? – perguntou ele. - É- respondeu ela. - Você disse tão pouco. - Disse o que tinha pra dizer. - Sempre se pode dizer mais alguma coisa. - Que coisa? - Sei lá. Alguma coisa. - Você queria que eu repetisse? - Não. Queria outra coisa. - Que coisa é outra coisa? - Não sei. Você é que deveria saber. - Por que eu deveria saber o que você não sabe? - Qualquer pessoa sabe mais alguma…

Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, é o poeta clássico, da serenidade epicurista, que aceita, com calma lucidez, a relatividade e a efemeridade de todas as coisas. “Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio” ou “Prefiro rosas, meu amor, à pátria” são poemas que nos mostram que este discípulo de Caeiro aceita a antiga crença nos deuses, enquanto disciplinadora das nossas emoções e sentimentos, mas defende, sobretudo, a busca de uma felicidade relativa alcançada pela indiferença…

ou dor, através de um estado de ataraxia (certa tranquilidade ou indiferença capaz de evitar a perturbação); -Exemplo: Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio:sensação de que não podemos viver aquilo que não foi vivido (não podemos voltar atrás); passagem do tempo ; angústia ; fatalismo, conformismo (tudo é passageiro, nomeadamente o amor, que causa tanta perturbação); desejo de uma passagem serena pela vida; viver o momento sem paixão; rejeição do apego às coisas intensas da vida;…

1919. A data de sua morte não foi divulgada em sua biografia. Sonetos: Quando, Lídia, vier o Nosso Outono Quando, Lídia, vier o nosso outono Com o inverno que há nele, reservemos Um pensamento, não para a futura Primavera, que é de outrem, Nem para o estio, de quem somos mortos, Senão para o que fica do que passa O amarelo atual que as folhas vivem E as torna diferentes. E antes magnólias amo Que a glória e a virtude. Logo que a vida me não canse,…