Texto 6 Para uma cultura global 1

destruir o nacionalismo, mas manter intacta a cultura organizacional das nações, era pôr em risco a renovação daquele mesmo nacionalismo que devia ser abolido. Este foi realmente o procedimento soviético a partir da década de 1920 (Goldhagen, 1968; G.E. Smith, 1985). Entretanto, as autoridades comunistas t a m b é m se conscientizaram dos perigos da política que adotaram e m relação às nacionalidades, e, por isso, propuseram a criação de um novo h o m e m "soviético", um cidadão da União Soviética, cuja lealdade seria uma. lealdade ideológica para com a nova "comunidade política", mesmo quando ele conservasse um sentimento de solidariedade emocional com a sua comunidade étnica. No fim. essas comunidades étnicas e essas repúblicas, após um período de crescimento da cooperação, iriam se fundir e produzir uma cultura verdadeiramente "soviética" (Fedoseyev et al., 1977). D a m e s m a forma, na América, a esperança de uma cultura con tinental de modernização assimiladora, baseada no "Credo Americano" de liberdade e de capitalismo, foi contraposta aos "nacionalismos estreitos" da Europa e do Terceiro Mundo, bem como ao seu rival comunista. A América, a terra de imigrantes e de minorias, foi apresentada na década de 1950 como exemplo da assimilação da "miscigenação de raças", e quando esta visão demonstrou ser uma miragem, u m exemplo de integração através da diversidade. Nesta versão, os apegos "simbólicos" a comunidades étnicas particulares é avaliado, e suas necessidades…

à família quando o pai, aborrecido com a vida de produtor e vendedor de leite, decidiu prestar um concurso federal para o cargo de conferente de alfândega. Mais afeito à música e às letras do que às matemáticas, Francisco José acabou obtendo classificação tão medíocre que só lhe restaram duas alternativas igualmente incômodas: assumir a chefia da seção alfandegária em Porto Alegre, no Sul do país, ou em Belém, no extremo norte. O problema é que qualquer uma delas implicaria…