HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

ler, sempre e em qualquer lugar, em voz alta, como será confirmado no decorrer dos séculos. Isto é referendado também pela lenda de Acôncio de Quéos, que, enamorado de Cídipe, para ligá-la a si em juramento, enquanto ela estava no templo de Àrtemis, jogou-lhe uma maçã na qual escrevera: " Juro por Àrtemis que desposarei Acôncio" ; e a instruída donzela, tendo recolhido a maçã, leu, escandindo como na escola, pronunciou o juramento e teve que casar com ele. Num dos Carmina Priapea se falará "da maçã na qual foram escritas as letras de Acôncio e a donzela, por tê-las lido, lhe foi ligada em pacto" (XVI, J-à). Quanto ao escrever, além da nota de Dionísio, Platão, no mesmo protágoras, confirma uma metolologia análoga: "Os mestres do alfabeto, às crianças que ainda não sabem escrever as letras, dão a prancheta encerada após terem tracejado nela as letras com o estilo, obrigando-as, em seguida, a escrever seguindo o traçado... " (326 e), Jâmblico nos falará também das crianças não-instruídas, que jogam as letras ao acaso, indicando a existência de uma metodologia que empregava caracteres móveis de marfim ou madeira. Encontraremos outros testemunhos semelhantes continuando nossa viagem pela história. 5- O conteúdo e os fins da educação Necessário se faz, agora, indagar com maior profundidade sobre os conteúdos do ensino "musaico", que, para os afortunados que continuavam os estudos,…