Direito E Historiografia

Revista Expedições: Teoria da História & Historiografia Ano 1, N.2, Julho 2011 SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA: UM APANHADO HISTORIOGRÁFICO SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA: A HISTORIOGRAPHICAL OVERVIEW Marlucia Ferreira Nunes1 RESUMO: Este artigo refere-se a um apanhado historiográfico sobre a obra, a vida e o pensamento de Sérgio Buarque de Holanda. No livro Raízes do Brasil, ele lançou mão dos argumentos de que os brasileiros são desterrados na sua própria terra e se caracterizam pela…

Anais do Seminário Nacional de História da Historiografia: historiografia brasileira e modernidade Escravos e Libertos nos Arquivos da Criminalidade (1830 – 1888) i Josuel Alex Ferreira ii Helvio Alexandre Mariano RESUMO: O presente artigo discute a pesquisa relacionada aos autos dos processos criminais da comarca de Guarapuava (PR): Escravos e Libertos nos arquivos da criminalidade (1830-1888). Busca analisar o cotidiano dos cativos dessa região, suas formas de resistência,…

liberdade, floresceram trabalhos que enfocam os libertos e investigam suas chances de mobilidade social e espacial, sua cultura política e lutas por direitos, a precariedade material de sua existência e a instabilidade jurídica em que viviam e contra a qual lutavam. Os novos estudos sobre os libertos, seguindo os caminhos abertos pela historiografia da escravidão, reafirmam o protagonismo e reconhecem o impacto de suas ações individuais ou coletivas e também – isso é mais recente – estão…

de Palmares1 (ou Questão Palmarina2) recebe no Ensino Fundamental. Isso porque não é novidade que, há muito, revoltas como essas ainda não desfrutam o que Lucien Febvre - citado por Décio Freitas na obra Palmares: A Guerra dos escravos - chama de “direito à história” (FEBVRE, apud FREITAS, 1990, p.11), visto que “não são apenas mal conhecidas, senão que tratadas como episódios marginais do processo histórico brasileiro. (ibidem, p. 11) No entanto, é importante frisar que, em que pese a…

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Programa de Pós-Graduação em História – PPGHIS Teoria e Metodologia da História Profa. Dra. Tereza Cristina Kirschner O INDIVÍDUO NA HISTORIOGRAFIA DO SÉCULO XIX: GEORGI PLEKHANOV E A CRÍTICA DO HISTORICISMO Juliano Medeiros1 Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha, mas sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. Karl Marx O lugar do indivíduo na…

ensaios de historiografia, a exemplo de Cómo se escribe la microhistoria (2000). La historia cultural: autores, obras, lugares, publicado em 2005, aborda as diferentes possibilidades desse campo historiográfico e contribui para a compreensão da metodologia que vem sendo utilizada pelos pesquisadores que percorrem essa vertente potencialmente inovadora da Historiografia. Para isso, os autores partem em busca da * Prof. Adjunto do Departamento de História da Faculdade de História, Direito…

O FATOR RELIGIOSO NA REVOLTA DA VENDÉIA (1793-1796) – UM PROBLEMA HISTORIOGRÁFICO Sabrina Alencastro Ferreira Resumo A historiografia em geral, pouco deu relevância à Revolta da Vendeia. Trata-se de uma espécie de tabu, o que torna-a um assunto freqüentemente ignorado e mal compreendido. Durante muito tempo, foi tida majoritariamente como uma conspiração nobiliárquica e/ou clerical, que valeu-se de uma massa de camponeses fanáticos como combatentes, no intuito de restabelecer o…

reconhecimento de que “a realidade é sempre visualizada a partir de representações, preconceitos e estereótipos” (BURKE) e a objetividade é uma farsa... uma história de ruptura no presente que pretende transformar o mundo e salvar o homem. A historiografia jurídica antiga visava fazer uma apologia à luta da burguesia contra a ordem social pré-burguesa apresentada como irracional, ilegítima e após, passou a operar um endeusamento da ordem vigente, apresentando-se ou como abstrata…

E. P. Thompson: Vida e obras de maior influência na historiografia mundial. Stéfan Sousa Campos Introdução E. P. Thompson é referência quando se trabalha assuntos sociais e relacionados à Inglaterra do século XVIII, principalmente quando o foco da pesquisa se destina ao homem abordando suas ações e ideias. Com ideais marxistas, Thompson buscou trabalhar não somente com as estruturas econômicas, mas os homens e mulheres que participaram dessa alteração de mentalidades pós

Turner renova a historiografia americana a partir do momento que visa à originalidade das instituições estadunidenses graças à experiência fronteiriça e não da continuidade com as instituições de cunho europeu. As fronteiras criaram algo que era originalmente americano, e não dependente de outros países europeus. Antes disso, os historiadores viam o desenvolvimento político na América do Norte como algo natural das formas políticas europeias. Temos até aqui duas diferentes…