Resenha da obra “cultura e opulência no brasil por suas drogas e minas”

A obra “Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas” foi escrita por André João Antonil e publicada pela primeira vez no inicio do século XVIII no ano de 1711. Marcada pela corrente literária do Barroco, a obra com minuciosidade e objetividade retrata em quatro partes a produção açucareira, a cultura do tabaco, do ouro e do gado servindo como um importantíssimo painel da vida econômica nacional da época e contribuindo sem dúvida para a nossa literatura histórica colonial. André João Antonil, pseudônimo de João Antônio Andreoni, nasceu no dia 6 de fevereiro de 1649 em Lucca, na Itália. Entrou para a Companhia de Jesus em 20 de maio de 1667, estudando direito civil na Universidade de Perúgio, atuando, posteriormente, como mestre de noviços, reitor do Colégio de São Salvador , visitador e provinçal do Brasil, quando veio à convite de Padre Antônio Vieira conhecer sua ordem, falecendo no ano de 1716 aos 67 anos de idade. Cultura e opulência, como já dissemos, foi escrita em 1711, oriunda de uma experiência de 25 anos de Antonil no Brasil juntamente com informações de um mestre de açúcar com mais de 50 anos de experiência no ramo. O autor procurou registrar tudo o que viu e aprendeu sobre os Engenhos brasileiros de forma detalhada, por isso no mesmo ano, grande parte de toda a obra publicada foi queimada e destruída por ordens régias a mando do Conselho Ultramarino, escapando apenas sete exemplares originais que se encontram espalhados pelo mundo…

lições da adolescência até os dias de hoje continuadas afetuosamente oferece — e co mo a quem de direito — este ensaio despretensioso o discípulo e amigo, Affonso D’Escragnolle Taunay S. Paulo, 15 de Junho de 1922 Antonil e sua obra Estudo biobibliográfico por A ffonso D’Escragnolle Taunay Como já tivemos o ensejo de o notar, na advertência à terceira edição das Memórias para a história da Capitania de S. Vicente , do erudito Frei Gaspar da Madre de Deus — preciosas…

Revista Brasileira de História das Religiões. ANPUH, Ano III, n. 7, Mai. 2010 - ISSN 1983-2850 http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Artigos ______________________________________________________________________ RELIGIÃO E ECONOMIA EM ANTONIL Claudinei Magno Magre Mendes* RESUMO: Em nossa análise de Antonil, autor de Cultura e opulência do Brasil, contrapomonos à historiografia que o analisa como um escritor que examina a sociedade brasileira de finais do século XVII e início do XVIII…

italiano. Formou-se em Direito Civil pela Universidade de Perúgia depois de ali estudar três anos. Aos dezoito anos, em maio de 1667, ingressou na Companhia de Jesus, em Roma, vindo a lecionar ali no seminário jesuíta. O Padre Antônio Vieira admirou-o muito e fê-lo vir para o Brasil em 1681. Chegou a Salvador, na Capitania da Bahia, em 1681, nunca mais tendo deixado a cidade, aonde veio a falecer, em 1716. Aqui exerceu o cargo de Reitor do Colégio por duas vezes, tendo sido o…

(Fuvest-SP) “A sede insaciável do ouro estimulou tantos a deixarem suas terras e a meteremse por caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se poderá dar conta do número das pessoas que atualmente estão lá.” (ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas.) Que consequências teve a corrida do ouro do final do século XVII e início do XVIII descrita no texto? 2. (UFBA) Pode-se afirmar que as riquezas minerais do Brasil Colônia…

ataques de tropas governistas. a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro. b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares. 2- (Unicamp-SP) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela força e submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da resistência dos escravos aos senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos quilombos, insurreições, revoltas, atentados e fugas de…

A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil, foi progressivamente abandonada e substituída pela africana, entre outros motivos, devido: a) ao constante empenho do Papado na defesa dos índios contra os colonos. b) à bem sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios. c) à completa incapacidade dos índios para o trabalho. d) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capi¬tais particulares e à coroa. e) ao desejo manifestado pelos negros de…

VI. Antes da abolição listas gigantescas de livros proibidos, livros que entraram para o ‘Rol dos livros que neste reino se proíbem’ O Estado assim como a Igreja também precisava controlar a circulação de livros inconvenientes. A primeira leva de livros a ser julgado como indevidos foi condenada a fogueira em 1451 por dom Afonso V. Em 1603 a censura passou a constar das Ordenações Filipinas, ordenando que os livros deveriam passar pelos desembargadores do Paço, depois de ser vista e…

administrativa do Brasil após aGuerra dos Emboabas. A região do atual estado de Minas Gerais foi ocupada, até o século XVI, por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê: os xacriabás, os maxacalis, os crenaques, os aranãs, os mocurins, os atu-auá-araxás e os puris, entre outros[7]. Antes de se chamar Minas Gerais, o estado teve outros nomes como: Campos de Cataguá (na época das entradas e bandeiras), Minas Gerais dos Goitacazes, Minas Gerais do Ouro Preto,Capitania de Minas…

slave in the colonial production system. It also takes into account this author’s definition of slavery as a natural component of this system: slavery without mysteries. KEYWORDS: slavery, sugar, work. * Mestre em sociologia e doutorando em História pela UFMG. 239 História & Perspectivas, Uberlândia, (29 e30) : 239-253, Jul./Dez. 2003/Jan./Jun. 2004 Em sua correspondência, Capistrano de Abreu descreve como – em companhia de seu amigo Vale Cabral – descobriu que o autor de…