A Malandragem E O Jeitinho Brasileiro

propriedade do senhor ou patriarca da casa. Havia as relações interpessoais que refletem até hoje na formação étnica da sociedade brasileira, pois houve miscigenação sem haver preconceito entre negros, índios e brancos dentro da casa grande. “Todo brasileiro traz na alma do corpo a sombra do indígena e do negro” (FREYRE, Gilberto. Casa grande & Senzala: Formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal. 51. São Paulo: Global, 2006) Essa obra se dedica ao período…

[pic] Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB MATTA, Roberto Da, Carnavais, Malandros e Heróis – Para uma sociologia do dilema Brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 5º edição, cap. IV. “Você sabe com quem está falando?” Um Ensaio sobre a Distinção entre Indivíduo e Pessoa no Brasil “Três formas básicas de apresentação (e representação) ritual da sociedade brasileira: O Carnaval, a Semana da Pátria e as procissões religiosas da Igreja Católica Romana...” “...

vento, do frio ou da chuva. Mas – isto sim – estamos nos referindo a um espaço profundamente totalizado numa forte moral. Uma dimensão da vida social permeada de valores e de realidades múltiplas” (p.20). “A conjunção de tudo isso faz com que nós, brasileiros, tenhamos uma percepção de nossas moradas como lugares singulares, espaços exclusivos. Pois cada casa, embora tenha os mesmos espaços e basicamente os mesmos objetos de todas as outras, é diferente delas. Todas são únicas, se não…

O “você sabe com quem está falando”?”. É a negação de alguns outros ritos os que existem em nossa sociedade tais como, o “jeitinho” característica tão marcante, onde o brasileiro sempre consegue um jeito de fazer algo com mais facilidade, não se opondo se tal facilidade pode vir prejudicar outrem, ainda que não seja em grandes proporções, a’’cordialidade’’ e a” malandragem” como já foi citada. O uso do “sabe com quem está falando?” apresenta dois importantes e diferentes traços, um deles…

cultura organizacional, no cenário nacional, que são formados por pressupostos básicos e artefatos visíveis, assim tendo as organizações como parte de nossa sociedade, como forma de subculturas em nossa sociedade. Traça ainda um pouco dos perfis dos brasileiros em suas culturas organizacionais, hierarquia como uma tendência de centralização do poder em determinados grupos sociais e a fácil aceitação de grupos inferiores. De acordo com o artigo “Cultura Organizacional em…

parte conhecido e parte misterioso, como um grande e poderoso espírito. Como um Deus que está em todos os lugares e em nenhum, mas que também precisa dos homens para que possa se saber superior e onipotente. Onde quer que haja um brasileiro adulto, existe com ele o Brasil e, no entanto – tal como acontece com as divindades –, será preciso produzir e provocar a sua manifestação para que se possa sentir sua concretude e seu poder. Caso contrário, sua presença é…

Antes, porém, fiz publicar no Mensageiro de Bâle o meu retrato, notas biográficas e bibliográficas. Quando voltei, o presidente pediu-me desculpas por me ter dado aquela seção; não conhecia os meus trabalhos e julgara que, por ser eu americano-brasileiro, me estava naturalmente indicada a seção do tupi-guarani. Aceitei as explicações e até hoje ainda não pude escrever as minhas obras sobre o javanês, para lhe mandar, conforme prometi. Acabado o congresso, fiz publicar extratos do…

conduta moral do ser humano. Já no conto de Guimarães Rosa há uma visão bem diferente daquela encontrada no ensinamento moral que a parábola pretendeu passar. No conto, o que importa é retratar a personagem do malandro, do típico brasileiro que, para tudo, dá um jeitinho. Na parábola bíblica, o filho mais moço após sofrer muito volta arrependido à casa do pai implorando por seu perdão; já Laio de Sagarana retorna à sua terra, não por arrependimento, mas porque acabou o dinheiro. O…

etnocentrismo. A gente sempre acha que "o nosso jeito é que está certo". Imaginou? O indiano não come carne? Poxa, eles não sabem lá a delícia que é uma picanha? Mas e o coreano que come carne de cachorro? Que coisa louca! Bom, mas certas tribos brasileiros comem macaco! E vai por aí. A gente julga a cultura dos outros pela nossa e tem a pretensão de achar que só aquilo que a gente faz é que está correto. Coisas da cultura. Em segundo lugar, a cultura se modifica. É isso mesmo. Nada…

fosse um hábito apenas de políticos. João Ubaldo diz: “Dizemos que o brasileiro tem tais ou quais defeitos graves, como se nós não fôssemos brasileiros iguais a quaisquer outros. Em relação aos políticos, agimos quase como se tratasse de marcianos ou de uma espécie diferente da nossa, não de gente aqui nascida e criada, da mesma maneira que nós”. O texto aponta as grandes e graves falhas de caráter do povo brasileiro em suas mais diversas formas: na política, no funcionalismo público, na