“Turn in, tune in, drop out” – Hippies e a Vida em Comunidade.
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Tópico Especial: História e Contracultura – HST5910
Professor: Prof. Dra. Renata Palandri Sigolo Sell
Aluna: Alina Nunes
Análise de Fonte: BEATTY, Edgar. Something is Happening: The Hippie Revolt. Produção de Belish-Freemont Associates, direção de Edgar Beatty. EUA, 1967. Cor, 75 min.
“Turn in, tune in, drop out” – Hippies e a Vida em Comunidade.
Durante a década de 60, muitos jovens, influenciados por diversos outros movimentos contraculturais, começaram a contestar a sociedade e a pôr em questão os valores considerados tradicionais dessa, incluindo a monogamia, o tabu das drogas, a libertação sexual e o poder militar e econômico dos Estados Unidos. Iniciado nos Estados Unidos, o movimento hippie contou com a participação de, principalmente, jovens da classe média, impulsionados por músicos e artistas em geral. É possível analisar o surgimento dos hippies a partir do âmbito familiar, já que, por causa do baby boom da década de 40 e 50, existiam muitos jovens durante os anos 60, e, assim, o conflito de gerações prevaleceu na sociedade da época. Os hippies, porém, são vistos como caricatos jovens de cabelos longos e sujos, que renunciaram por, supostamente, motivo algum, aos confortos de uma vida de classe média alta, e, portanto, são colocados, pejorativamente, sempre à margem. Porém, a marginalização de um grupo ou movimento social não o desqualifica, e a própria palavra hippie deriva de hipster, que é o marginal absoluto – marginal porque transcende aquela realidade, e não consegue encaixar-se nela.
Assim, vale ressaltar que os hippies tiveram muita influência positiva da geração beat, mas, essa não se identifica por completo com esse grupo. A questão da compaixão, amizade, a política através do corpo, e, dentro disso, a libertação sexual, e a própria marginalização dos presentes nos movimentos são características em comum, muito fortes dentro de ambos os movimentos.