“Tempos Modernos” e “Trabalho e Capital Monopolista (A Degradação do Trabalho no Século XX”
Esse tipo de gerência tinha como objetivo aplicar os métodos desenvolvidos pela ciência aos problemas (dos complexos aos mais simples) do controle do trabalho das empresas capitalistas que estavam em franca expansão. A gerência científica parte de um ponto de vista totalmente capitalista, deixando de lado o humano; não procura descobrir nem confrontar a causa das condições sociais, muito menos a origem da dissociação entre classes; trata as relações sociais antagônicas como algo natural; entende que o trabalho deve se adaptar e responder às necessidades do capital; submete-se aos donos das indústrias e não à própria ciência.
O filme de Charles Chaplin, “Tempos Modernos”, se passa entre as décadas de 20 e 30 do século XX, dentro do contexto da crise de 1929 que assolou os Estados Unidos e colocou em xeque o capitalismo e o liberalismo. Através dele podemos entender melhor a conjuntura daquela sociedade e o impacto da industrialização dentro dela, a quebra dos valores humanos, a miséria a qual a indústria sujeitava as massas fornecedoras de mão de obra barata e a grande diferença na distribuição de renda entre burgueses e proletários.
Georges Friedmann tratava o Taylorismo como se fosse uma “ciência do trabalho”, quando, na verdade, sua pretensão era a de ser uma “ciência do trabalho de outros”, sempre dentro da esfera do capitalismo. Dessa forma, ao contrário do que Friedmann pensava, Taylor estava atrás de uma resposta ao problema específico de como